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Luciana Rodrigues, da Grey: Não tem como parar ideias que nascem da verdade

Renato Pezzotti

Colaboração para o UOL, em São Paulo

24/06/2021 15h23

O consumidor não quer mais apenas comprar produtos. Ele quer experiências e soluções para os seus problemas. Como o marketing se torna cada vez mais fundamental para as empresas?

O podcast Mídia e Marketing desta semana recebe Luciana Rodrigues, CEO da agência Grey, que ainda fala sobre a urgência da equidade racial e sobre liderança feminina -confira o vídeo completo acima.

"Eu vejo as empresas se esforçando ao máximo para fazer projetos, para tentar entender o que as pessoas estão precisando e como atuar de uma forma mais relevante. As pessoas cada vez mais vão exigir que as marcas entreguem muito mais do que a sua funcionalidade", diz (a partir de 1:47).

"O marketing tem um valor tão grande porque é sobre elevar o produto, mostrar qual a finalidade dele. E, além disso, é mostrar o que existe por trás daquele produto, por trás daquela empresa", afirma (a partir de 15:04).

Até por isso, a escuta ativa se tornou fundamental no mundo do marketing. "No final do dia, o que a gente faz é comunicação. As empresas que não souberem tratar empatia de forma genuína, vão morrer. As gerações mais novas são extremamente preocupadas com propósito. Como líder, eu tenho uma responsabilidade gigante" (a partir de 8:54).

Mais equidade na comunicação

Luciana é uma das poucas mulheres que são presidentes de agência de publicidade. Muito se fala em equidade, mas o mercado de comunicação tem dado mais atenção ao tema?

"Eu vejo uma mudança significativa, em geral. Vejo uma urgência e um entendimento dos líderes nessa questão. Mulheres na liderança não é sobre diversidade: é sobre lucro", afirma (a partir de 13:12).

Luciana também fala sobre o projeto "PrideSkill", lançado em abril pela multinacional P&G, que pretende facilitar a busca por profissionais LGBTQIA+ em redes sociais voltadas para relacionamentos profissionais. A ideia é que as pessoas passem a incluir a palavra "Pride" como uma competência em seus perfis profissionais.

"Mais do que um case, é um movimento. Esse projeto tem como objetivo que os recrutadores saibam quem são essas pessoas LGBTQIA+. As pessoas precisam entender a importância de falar sobre esse assunto. Quando uma ideia nasce de uma verdade, não tem como parar essa ideia. Ela vai longe", afirma (a partir de 28:57).