Colheitômetro mede em tempo real produção e valor da agricultura do país
Quem passa pela BR-376, em Curitiba (PR), no trecho denominado Contorno Sul, já pode ver o primeiro colheitômetro do Brasil, um painel digital gigante que mostra a evolução das safras brasileiras. Inspirado no Impostômetro, que fica no centro de São Paulo, o colheitômetro é uma ferramenta que mostra, em tempo real, os números de colheita das principais commodities agrícolas produzidas no país, como soja, milho, arroz, cana e trigo.
O painel, de 10 metros de altura e 5 metros de comprimento, foi criado pela indústria de máquinas agrícolas New Holland, e também mostrará quanto cada cultura agrícola injeta na economia.
Mostrar contribuição do agro para o país
Segundo Rafael Miotto, vice-presidente da New Holland Agriculture para a América do Sul, a intenção do colheitômetro é mostrar para a população urbana como a agricultura avança e quanto o agronegócio contribui para a economia e o dia a dia dos consumidores.
"Por trás dos números revelados pelo colheitômetro está o peso do agronegócio brasileiro, responsável hoje por 26,4% do PIB do país e um dos itens de peso da nossa balança comercial", disse Miotto.
"A maioria das pessoas desconhece a relevância que a agricultura tem para o país, seja pelo volume produzido ou pela contribuição econômica, além de ser responsável por combater a insegurança alimentar", completou o diretor de Marketing da companhia, Gustavo Taniguchi.
O colheitômetro vai mostrar dados específicos, como as toneladas colhidas por minuto no país, em todas as regiões, e os valores, em reais, gerados por cultura.
Por enquanto, as informações serão sobre soja, milho, arroz, cana e trigo, mas futuramente, o painel também mostrará dados referentes a outras culturas, como feijão, algodão ou frutas.
Informações oficiais cruzadas
As informações recebidas pelo painel são atualizadas em tempo real com base no histórico e no cruzamento de dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), IBGE e Cepea /USP. Com algoritmos internos, os dados são incrementados conforme as previsões de colheitas.
De acordo com Eduardo Daher, diretor executivo da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), se os valores da pecuária e dos setores de carnes forem acrescentados à conta, o colheitômetro poderia mostrar cifras acima de R$ 1 trilhão já em 2021.
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