Agropecuária cria 195 mil empregos com carteira no ano, alta de 87%
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) anunciou que, entre janeiro e setembro deste ano, a agropecuária criou 194,99 mil postos de trabalho com carteira assinada. Isso representa uma alta de 87% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram geradas 104,4 mil vagas.
Os postos criados neste ano representam 8% do total de empregos com carteira no Brasil (2,56 milhões). Os dados são do novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo Ministério do Trabalho.
Enquanto isso, setores como serviços e comércio, nos nove primeiros meses de 2020, acumulavam perda de 382.242 e 307.444 postos, respectivamente, em relação ao ano passado.
Somente no mês de setembro, a agropecuária registrou criação de 9.084 vagas, com destaque para a região Nordeste, que gerou 11.059 empregos.
O Norte e o Centro-Oeste também tiveram saldo positivo de 1.075 e 466 vagas, respectivamente. Por outro lado, houve fechamento de empregos nas regiões Sul (-39) e Sudeste (-3.477) no mês.
Pernambuco foi o estado com maior geração de empregos no setor, com criação de 5.957 novas vagas, seguido por Rio Grande do Norte (1.634), Sergipe (1.589) e Alagoas (1.105). Em dez unidades da federação, houve saldo negativo, sendo os principais: Minas Gerais (-2.361), São Paulo (-881), Maranhão (-638) e Paraná (-446).
De acordo com a entidade, entre as atividades que mais contribuíram para a criação de novos empregos em setembro, estão o cultivo de cana-de-açúcar (4.896 vagas), soja (2.857), uva, com 2.567 vagas, a criação de bovinos para corte, com 1.283 novos empregos e o cultivo de melão, 1.175 vagas.
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