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Frustrados, caminhoneiros procuram adversários de Bolsonaro em 2022

Segundo deputado que preside frente de caminhoneiros na Câmara, motoristas estão insatisfeitos com Bolsonaro - Fábio Costa/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
Segundo deputado que preside frente de caminhoneiros na Câmara, motoristas estão insatisfeitos com Bolsonaro Imagem: Fábio Costa/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

13/12/2021 15h46Atualizada em 13/12/2021 17h59

Lideranças de caminhoneiros estão trabalhando para enviar uma carta com pautas da categoria aos pré-candidatos a presidente nas eleições de 2022, informou hoje o deputado federal Nereu Crispim (PSL-RS), presidente da Frente Parlamentar dos Caminhoneiros.

Entre as demandas que devem ser apresentadas na carta com reivindicações, as lideranças irão demandar sobre questões como o piso mínimo do frete, aposentadoria especial e a política de preços da Petrobras.

O texto da carta já esteve, até o momento, na pauta de três reuniões envolvendo lideranças, segundo Nereu Crispim — a última ocorreu no sábado (11), no Rio Grande do Sul.

Segundo o deputado, os caminhoneiros se sentem frustrados com o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com Nereu, eles não veem compromissos do chefe do Executivo com a categoria — e, por isso, resolveram procurar os hoje pré-candidatos.

"Pediremos que todos os possíveis candidatos declarem publicamente se apoiam ou não a pauta dos caminhoneiros porque, em 2018, Bolsonaro disse que apoiava e isso não deu em nada", pontuou o parlamentar.

Ainda assim, segundo o deputado, Bolsonaro também receberá o documento com as reivindicações de frotistas, caminhoneiros autônomos e celetistas de todo o Brasil.

No início de novembro, caminhoneiros autônomos fizeram greve para protestar contra a política de preços da Petrobras e a alta no preço do diesel, impactada pela medida.

A política de preços da Petrobras leva em conta as variações do dólar e das matérias-primas dos combustíveis no mercado — e, em um cenário de desvalorização do real e de alta no preço do barril de petróleo, houve alta nos preços nas bombas.

O movimento grevista, porém, não teve forte adesão entre os motoristas. O governo federal também conseguiu na Justiça um total de 29 liminares para impedir bloqueios de grevistas nas estradas, o que acabou enfraquecendo o movimento.