Fiscal é presa suspeita de exigir R$ 15 mil para autorizar barraca em SP
Uma fiscal, gerente de atendimento da subprefeitura da Lapa, na zona oeste de São Paulo, foi presa, na tarde de hoje, suspeita de extorquir um comerciante solicitando R$ 15 mil para permitir que a montagem de uma barraca de venda de cachorro-quente no bairro.
A profissional foi exonerada ainda hoje, segundo informou ao UOL a Prefeitura de São Paulo.
Segundo o vereador delegado Palumbo, em entrevista à TV Bandeirantes, a vítima do crime o teria abordado nas redes sociais para fazer a denúncia, alegando que a fiscal pediu R$ 15 mil em troca do benefício.
"Essa pessoa acabou nos procurando, relatando que não aguentava mais ser extorquida pelos fiscais da subprefeitura da Lapa. Hoje ele foi até a subprefeitura, onde pediram para ele R$ 15 mil. A fiscal ainda teve a cara de pau tremenda de falar 'olha, você me traz [o dinheiro] em um papel embrulhado para presente'", afirmou.
Após receber a propina no valor de R$ 1 mil (que seria tudo que o comerciante tinha) e guardar o dinheiro na gaveta da própria sala, a mulher recebeu voz de prisão. Segundo o vereador, após receber o dinheiro, a mulher teria dito: "ainda bem que chegou meu chocolatinho".
Após ser detida, a mulher foi levada para prestar depoimento no Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania, no centro de São Paulo.
O UOL entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo em busca de mais informações sobre o indiciamento, mas não recebeu retorno até o momento.
A subprefeitura da Lapa confirmou que a suspeita foi exonerada do cargo e foi submetida a processo administrativo.
"A Subprefeitura Lapa está à disposição da polícia para colaborar com as investigações e determinou a abertura de sindicância interna para apuração dos fatos. A Controladoria Geral do Município também acompanha as investigações. Ressaltamos que a gestão municipal não compactua com nenhum tipo de irregularidade", diz nota da prefeitura.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, falou, em entrevista no programa Brasil Urgente, que a punição sofrida pela mulher servirá de "exemplo" para que não se façam "coisas erradas" no órgão.
"Essa é a determinação da Prefeitura: fez coisa errada, exoneração na hora. Pedi para a Controladoria fazer uma apuração de se tem mais pessoas envolvidas. Não tem nenhum tipo de complacência com coisa errada", afirmou.
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