Gatinha é adotada e vira 'funcionária' de escola: 'Supervisiona todo mundo'
Uma unidade de ensino de Bauru, no interior de São Paulo, viu a rotina se transformar após adotar uma gatinha para se transformar em funcionária vitalícia da instituição. Hashi, que agora já tem um ano e meio, foi resgatada com cerca de 30 dias e precisou passar por uma série de tratamentos até finalmente ocupar a nova casa.
Segundo a educadora Ingridy Bolinelli Arfeli, 21, Hashi acabou ganhando o coração dos funcionários e dos alunos da escola. "Ela supervisiona o trabalho de todo mundo aqui", brinca Ingridy.
A ideia de adotar uma gatinha para a unidade de ensino já era antiga. A diretora da instituição tinha intuito de trazer uma mascote para o local, mas ainda não sabia nem quando nem como. "Como temos um público de crianças, adolescentes e idosos, era importante trazer algo que simbolizasse a felicidade. E, um dia, conversando com um de nossos clientes, veio a ideia de adotar um animal", conta a educadora.
Hashi chegou por intermédio de uma das alunas. Segundo Ingridy, a estudante contou para a equipe da unidade de ensino que ajudava uma ONG de animais e que poderia trazer um mascote para a instituição.
"A gente falou: 'Pode ser qualquer cor, raça, gênero, desde que seja bonzinho'. E então ela trouxe a Hashi, que estava abandonada. Não sabemos ao certo o que aconteceu com ela. Quando ela veio, estava com alguns fungos e precisávamos tratá-la antes de trazer para a escola. E assim fizemos."
Hashi foi levada diretamente para o veterinário, onde tomou todas as vacinas e recuperou a saúde por completo. "Quando ela já estava boa, a gente começou a deixar ela na unidade para se adaptar. Como ela era muito pequena, tivemos que redobrar a atenção com a saúde", diz Ingridy.
Segundo a educadora, a decisão de trazer e cuidar de Hashi foi feita em conjunto com os demais funcionários. "Não era algo obrigatório para os funcionários para cuidar da gatinha, mas no final todos se comprometeram e foram até os funcionários que convenceram a diretora que seria uma boa ideia porque todo mundo se animava muito com isso."
Mentoria para cuidar dos bichanos
Ingridy, a única dos funcionários que já convive com um gato em casa, acabou sendo a responsável por fazer uma "mentoria" de como cuidar dos bichanos. "Tinha gente que não sabia como eram os cuidados, então fomos aprendendo juntos."
O nome de Hashi, por sua vez, também foi um esforço coletivo. Como a gatinha seria mascote da empresa, os funcionários decidiram abrir uma votação com os alunos.
A gente trabalha com jogos japoneses e nesse mês que ela chegou nós estávamos trabalhando com um jogo que se chama Hashi. Então, por isso, os alunos quiseram dar esse nome para ela.
Segundo a educadora, Hashi é muito dócil e querida pelos alunos e funcionários. "Ela não arranha, não morde e geralmente é bem tranquila. Gosta muito de brincar com as bolinhas de papel e tem momentos do dia que é a hora da soneca dela, como o horário de almoço."
Para a recepção dos alunos, no entanto, Hashi nunca deixa o seu posto.
Ela sempre está lá querendo um carinho, um afago. Às vezes apronta um pouquinho, derrubando lixo, passando por cima de teclado, mas é tudo muito tranquilo.
Para Ingridy, a chegada de Hashi mudou completamente a rotina da escola.
"Eu acho que qualquer trabalho, por mais que a gente goste, tem um caráter de às vezes ser cansativo. Às vezes, não estamos em um dia bom. Com ela, além da gente se integrar mais para cuidar dela, conseguimos encontrar nela um ponto de tranquilidade e diversão. Ela anima todo mundo todos os dias. Muitos alunos vieram de momentos tristes com perdas familiares por causa da pandemia e ter ela aqui traz essa alegria. Pelo contexto sofrido da pandemia, ela fez o diferencial. "
A educadora ainda afirma que Hashi mudou a percepção de muitas pessoas sobre gatos. "Tinha muitas pessoas que diziam que não gostava,, mas hoje são apaixonados por ela. Ela conquistou o coração de todo mundo."
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