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Desemprego cai a 8,9%, atinge 9,7 milhões de pessoas e é o menor desde 2015

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Imagem: iStock

Do UOL, em São Paulo

30/09/2022 09h03Atualizada em 30/09/2022 11h28

A taxa de desocupação no trimestre de junho a agosto caiu a 8,9%, segundo dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o que representa 9,7 milhões de pessoas. É o menor patamar desde o trimestre encerrado em julho de 2015, quando foi de 8,7%.

O índice representa queda de 0,9 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, encerrado em maio. O rendimento real também aumentou, e chegou a R$ 2.713 no trimestre.

"O mercado de trabalho segue a tendência demonstrada no mês passado, continuando o fluxo que ocorre ao longo do ano, de recuperação", explica Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa.

Recorde de informais

O número de trabalhadores informais, porém, segue batendo recorde. O número de pessoas sem carteira assinada no setor privado foi de 13,2 milhões de pessoas, o maior da série histórica iniciada em 2012. De acordo com o IBGE, 355 mil pessoas entraram nessa modalidade no trimestre, e 1,8 milhão no ano.

No período, trabalhadores informais compuseram 39,7% da força de trabalho no país. Estão incluídos nesse grupo trabalhadores sem registro, empregadores por conta própria sem CNPJ, além de trabalhadores familiares auxiliares.

Por outro lado, o número de trabalhadores com carteira assinada cresceu 1,1% em relação ao trimestre anterior, e chegou a 36 milhões.

Rendimento médio sobe

O rendimento real subiu pelo segundo mês consecutivo, de acordo com o IBGE. Em agosto, o salário médio do trabalhador brasileiro chegou a R$ 2.713. Esse valor representa uma alta de 3,1% em relação ao trimestre anterior, embora demonstre estabilidade na comparação anual.

"'Esse crescimento está associado, principalmente, à retração da inflação. Mas a expansão da ocupação com carteira assinada e de empregadores também são fatores que colaboram", diz Beringuy.

Diferença entre Pnad e Caged

O Ministério do Trabalho divulgou ontem os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que mostraram que o país abriu 278 mil novas vagas em agosto. Os dados, porém, se referem apenas a contratos regidos pela CLT, e são as próprias empresas que preenchem as informações em um sistema próprio.

Já a Pnad do IBGE é mais ampla, e compreende o mercado de trabalho informal. O levantamento é feito com entrevistadores, que perguntam a uma amostra da população sobre sua situação de trabalho.

Metodologia

A Pnad Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e no Distrito Federal.

*Em atualização