Kupfer: Mercado precisa de calma; é cedo para tanto estresse com Lula
Em participação no programa Análise da Notícia, o colunista do UOL José Paulo Kupfer repercutiu a oscilação dos índices financeiros após a proposta do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para deixar fora do teto de gastos despesas como o Auxílio Brasil, e as declarações do petista sobre a reação dos mercados.
Para Kupfer, ainda é cedo para concluir qual será a política econômica de Lula. "Está faltando um monte de coisa, como o governo eleito definir quem é o ministro [da Fazenda] para o mercado saber se é confiável para ele ou não, por exemplo", disse.
O colunista explicou que o texto da PEC de Transição, entregue ontem pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) ao Congresso Nacional, foi mal recebido pelo temor de que se fure o teto de gastos. No entanto, ele lembrou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) estourou o Orçamento em R$ 795 bi em quatro anos.
"Para o mercado, isso é um sinal ruim de que os gastos não vão ter controle e, com isso, a dívida pública aumenta, os juros sobem, o crédito cai, etc."
"Porém, estão um pouco afoitos. No meio desse caminho, podem ser tomadas uma infinidade de medidas que compensem esse tipo de tendência", afirmou Kupfer. "Ou seja: calma porque tem muita coisa para acontecer ainda. Está cedo para concluir qualquer coisa."
Tales: Moraes irá até onde for preciso contra financiadores de golpistas
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes vai fazer todo o possível para cessar o financiamento de atos golpistas no país, na opinião do colunista do UOL Tales Faria.
Em decisão assinada no último sábado (12) e obtida pelo UOL, Moraes determinou o bloqueio das contas bancárias de 43 pessoas físicas e empresas suspeitas de financiar os protestos que contestaram a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição. "Alexandre de Moraes está mostrando que está disposto a ir até o final. Isso tem um efeito demonstrativo", afirmou Tales.
O jornalista analisou que, para o STF, é extremamente necessário mostrar que os atos são ilegais e os participantes não podem agir dessa forma por colocar em risco a democracia do Brasil.
"Isso vai ter um efeito demonstrativo. Essas pessoas [que financiaram os atos] tinham a expectativa de, caso o Bolsonaro ganhasse a eleição, serem premiadas pelo governo", disse. "Como ele perdeu, eles tentaram melar o jogo; não conseguiram. Agora, não vão ter dinheiro. Isso vai fazer com que as manifestações parem", completou.
O Análise da Notícia vai ao ar às terças, quartas e quintas, às 19h.
Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.
Veja a íntegra do programa:
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