Alckmin defende que reformas farão Brasil crescer após PEC da Transição
O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) garantiu que haverá responsabilidade fiscal no próximo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para o coordenador da equipe de transição, o que acontece agora no Brasil é uma "questão conjuntural", devido à Lei do teto de gastos.
"Primeiro é importante dizer que Lula já foi Presidente da República, e durante seus dois mandatos teve superávit primário todos os anos. Foram governos com absoluto rigor fiscal", disse, em entrevista à jornalista Mirim Leitão, da GloboNews.
Ontem, Alckmin entregou o texto da PEC da Transição, uma proposta de espaço fiscal de R$ 200 bilhões. A proposta propõe deixar o Bolsa Família de fora do teto de gastos para viabilizar a manutenção de programas sociais e o cumprimento de promessas feitas por Lula durante a campanha eleitoral - como o aumento do salário mínimo acima da inflação, a partir de janeiro de 2023.
"O presidente Lula tem compromisso com a responsabilidade fiscal. O que nós precisamos, mas não dá para fazer agora, neste momento, é discutir uma legislação de responsabilidade fiscal", afirmou.
O vice-presidente eleito também defendeu que o governo Lula inicie o mandato com corte de gastos, e aprovação de reformas. Segundo Alckmin, todos os contratos da área federal serão revistos.
Um exemplo é a Reforma Tributária. Ela mais que discutida, está madura. Esta é uma reforma que pode fazer o PIB crescer. Ela tem efeito na produtividade, na competitividade. Simplifica, reduz custos, evita guerra fiscal. Então ela é essencial
Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito
A discussão de uma proposta de reforma tributária sobre bens e serviços é tema desde a campanha eleitoral. Alckmin, inclusive, se engajou na defesa da proposta nas reuniões com empresários durante a corrida presidencial.
Bolsa em queda. Pelo segundo dia consecutivo esta semana, a Bolsa de Valores de São Paulo está operando em baixa e o dólar em alta. O principal motivo, segundo analistas, seria a PEC da Transição, que sugere gastos fora do teto.
Hoje, o presidente eleito defendeu novamente o furo do teto de gastos como uma medida de "responsabilidade social" para o financiamento de programas assistenciais. "Se eu falar isso vai cair a bolsa, vai aumentar o dólar? Paciência", afirmou Lula. Para o petista, a flutuação dos índices econômicos não acontece "por causa das pessoas sérias, mas por conta dos especuladores que ficam especulando todo santo dia".
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