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Memes e lágrimas: como as marcas reagiram à eliminação do Brasil na Copa

"CB", garoto-propaganda virtual das Casas Bahia, chora a eliminação do Brasil na Copa do Mundo - Reprodução
'CB', garoto-propaganda virtual das Casas Bahia, chora a eliminação do Brasil na Copa do Mundo Imagem: Reprodução

Renato Pezzotti

Colaboração para o UOL, em Piracicaba (SP)

10/12/2022 12h08

Diversas marcas usaram as redes sociais para lamentar a eliminação do Brasil na Copa do Mundo, depois da derrota de ontem (9) nos pênaltis para a Croácia.

A maioria publicou posts simples, sem muitas brincadeiras. Algumas reforçaram que, pelo menos até 2026, apenas o Brasil é pentacampeão mundial - já que nenhuma seleção que ainda disputa o torneio possui 4 títulos.

Claro, Natura, Magazine Luiza e Casas Bahia focaram apenas nas lágrimas da derrota. O Guaraná Antarctica lembrou que é patrocinador em todos os momentos, mesmo "nos mais chatos" - mesmo caminho utilizado pela Cimed, fabricante de medicamentos.

O Nubank, por sua vez, fez uma brincadeira para lamentar a eliminação: usou a mesma frase ('Brasil, i'm devastated') da cantora Lady Gaga, quando ela cancelou sua apresentação no Rock in Rio em 2017.

Orgulho e lembranças. A Sadia, que usou o jogador Neymar Jr como estrela de seus comerciais durante toda a Copa do Mundo, afirmou que o "orgulho continua gigante porque fazemos parte da maior torcida do mundo".

Confira algumas das publicações:

Já a Netshoes lembrou na manhã de hoje (10), que faltavam apenas 4 minutos para o Brasil sair com a vitória quando a seleção do agora ex-técnico Tite sofreu o gol de empate, que levou a decisão para os pênaltis.

De salas de guerra a espaços de colaboração. A maior parte dessas publicações foi criada dentro de espaços que antigamente eram denominados "war rooms" (ou salas de guerra, em tradução literal) - e, que hoje, se assemelham mais a espaços de colaboração entre diversas empresas.

A agência Talent Marcel, por exemplo, tem reunido entre 15 e 20 profissionais a cada dia de jogo, de várias agências diferentes. A Talent comanda, por exemplo, as publicações da Claro, uma das patrocinadoras regionais do mundial, no Brasil.

redlab - Divulgação - Divulgação
RedLab, espaço de colaboração da agência Talent Marcel
Imagem: Divulgação

"A ideia de war room veio de exclusividade, de confidencialidade, mas isso já está ultrapassado. Hoje é muito mais sobre colaboração, sobre trabalhar com parceiros que conseguem entregar as peças publicitárias com a velocidade e agilidade que precisamos ter", declara Carol Escorel, Diretora Geral de Atendimento e Operações da Talent.

Publicações sem a 'aprovação final' de clientes. Carol ainda conta que não existe mais uma "aprovação final" do cliente para o que é publicado. As equipes possuem conhecimento e autonomia para postarem diferentes conteúdos, ao longo do torneio, mesmo nos momentos mais tristes - como o de ontem.

"O trabalho em tempo real acontece menos em improviso e mais na área do conhecimento. Grande parte das publicações já estão semiprontas, com ideias do que podem acontecer nas partidas", afirma a diretora.

Para a executiva, todas as marcas previam que a produção de conteúdo seria uma das grandes estrelas do Mundial. "A marca atua neste contexto para trazer uma cara de contemporaneidade, de que está ligada no que está acontecendo. A lição que fica é a de dedicação, de levar a marca para outro patamar e tornar a marca mais próxima, do consumidor", diz.