Andrea Bisker, da Spark:off: 'Viveremos em um estado permanente de crise'
"Em 2023, a gente vai viver numa mood, em uma vibração de crise permanente. Voltei agora da NRF, uma feira focada no varejo que acontece nos Estados Unidos, e a palavra que mais ouvi lá foi policrise. Além de vivermos nessa crise permanente, elas serão várias crises acontecendo ao mesmo tempo".
Esta será um dos grandes desafios do ano segundo a futurista Andrea Bisker, fundadora da Spark:off, hub de inovação e tendências. Andrea foi a entrevistada desta semana do programa Mídia e Marketing - veja, abaixo, a íntegra da entrevista.
Ela também falou sobre:
- a valorização da geração prateada, pessoas com mais de 50 anos,
- o futuro do modelo de trabalho,
- novas tecnologias, como o nascimento do ChatGPT,
- a relevância do conceito de comunidades para as empresas,
- habilidades que devem ser desenvolvidas por publicitários,
- a 'joytopia' como uma oportunidade gigante para as marcas.
Confira outros destaques da entrevista:
O que é futurismo?
O futurismo analisa um conjunto de informações, muitos dados, entender mudanças da sociedade. E, assim, observar caminhos e planejar estratégias que podem ser construídas, comportamentos e narrativas emergentes
Palavras chaves de 2023
Permacrise, policrise, governança, ChatGPT e hipersonalização são as palavras para este ano. Mas também existe um movimento que a gente rastreou que é a joytopia, que é celebrar a vida. As pessoas estão buscando experiências afirmativas que trazem felicidade. Isso é uma oportunidade gigante para as marcas
Experiências individuais
Voltando para o lado mais humano, outra palavra importante neste ano será a hiperpersonalização. Isso vai ser extremamente forte em 2023: queremos explorar nossas identidades individuais
Trabalho híbrido
O trabalho híbrido veio para ficar. Os valores mudaram, a gente precisa ter equilíbrio na vida. Mas o mundo é fluido e o que precisamos ter, na verdade, são times contentes
Olho no futuro
As empresas são 'curto prazistas', mas precisamos olhar para o futuro mais distante. As empresas que pensam a longo prazo são as únicas que vão sobreviver. E empresa que pensa no futuro é aquela que pensa na embalagem, que pensa no lixo que produz e que pensa nos seus funcionários
O borogodó do brasileiro
O brasileiro tem o 'borogodó'. Estamos mais preparados para viver em ambiente de crise. Mas a geração jovem vem de um período mais frutífero, mais calmo. Um dos movimentos mais importantes para os próximos anos é de valorização da geração prateada, das pessoas com mais de 50 anos
Confira o episódio #155 do programa Mídia e Marketing:
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