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Andrea Bisker, da Spark:off: 'Viveremos em um estado permanente de crise'

Renato Pezzotti

Colaboração para o UOL, em Piracicaba (SP)

07/02/2023 04h01

"Em 2023, a gente vai viver numa mood, em uma vibração de crise permanente. Voltei agora da NRF, uma feira focada no varejo que acontece nos Estados Unidos, e a palavra que mais ouvi lá foi policrise. Além de vivermos nessa crise permanente, elas serão várias crises acontecendo ao mesmo tempo".

Esta será um dos grandes desafios do ano segundo a futurista Andrea Bisker, fundadora da Spark:off, hub de inovação e tendências. Andrea foi a entrevistada desta semana do programa Mídia e Marketing - veja, abaixo, a íntegra da entrevista.

Ela também falou sobre:

  • a valorização da geração prateada, pessoas com mais de 50 anos,
  • o futuro do modelo de trabalho,
  • novas tecnologias, como o nascimento do ChatGPT,
  • a relevância do conceito de comunidades para as empresas,
  • habilidades que devem ser desenvolvidas por publicitários,
  • a 'joytopia' como uma oportunidade gigante para as marcas.

Confira outros destaques da entrevista:

O que é futurismo?

O futurismo analisa um conjunto de informações, muitos dados, entender mudanças da sociedade. E, assim, observar caminhos e planejar estratégias que podem ser construídas, comportamentos e narrativas emergentes

Palavras chaves de 2023

Permacrise, policrise, governança, ChatGPT e hipersonalização são as palavras para este ano. Mas também existe um movimento que a gente rastreou que é a joytopia, que é celebrar a vida. As pessoas estão buscando experiências afirmativas que trazem felicidade. Isso é uma oportunidade gigante para as marcas

Experiências individuais

Voltando para o lado mais humano, outra palavra importante neste ano será a hiperpersonalização. Isso vai ser extremamente forte em 2023: queremos explorar nossas identidades individuais

Trabalho híbrido

O trabalho híbrido veio para ficar. Os valores mudaram, a gente precisa ter equilíbrio na vida. Mas o mundo é fluido e o que precisamos ter, na verdade, são times contentes

Olho no futuro

As empresas são 'curto prazistas', mas precisamos olhar para o futuro mais distante. As empresas que pensam a longo prazo são as únicas que vão sobreviver. E empresa que pensa no futuro é aquela que pensa na embalagem, que pensa no lixo que produz e que pensa nos seus funcionários

O borogodó do brasileiro

O brasileiro tem o 'borogodó'. Estamos mais preparados para viver em ambiente de crise. Mas a geração jovem vem de um período mais frutífero, mais calmo. Um dos movimentos mais importantes para os próximos anos é de valorização da geração prateada, das pessoas com mais de 50 anos

Confira o episódio #155 do programa Mídia e Marketing: