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Economia

'Banco Central independente é marca mundial', diz Arthur Lira

Colaboração para o UOL, em Brasília

09/02/2023 13h47Atualizada em 09/02/2023 16h04

A declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), vai na contramão do que defende Lula (PT).

O Banco Central independente foi o modelo escolhido pelo Congresso Nacional
Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados

Nas últimas semanas, o petista sinalizou que pode rever a independência do BC (banco Central) ao fim do mandato de Roberto Campos Neto, atual dirigente da instituição, em dezembro de 2024.

Do outro lado, Campos Neto, tem reforçado a defesa pela independência do órgão e disse que ficará no cargo até o fim do mandato.

Acho que o mercado estaria bem mais volátil se o Banco Central não tivesse a autonomia na lei"
Presidente do BC

A discussão ocorre num momento em que o petista tem criticado a atuação da manutenção da taxa de juros em 13,75% pela autoridade monetária. De acordo com o chefe do Executivo, o índice nesse patamar atrapalha o crescimento do Brasil.

Se a classe empresarial não se manifestar, se as pessoas acharem que vocês estão felizes com 13,5%, sinceramente, eles não vão baixar juros. Nós precisamos ter noção. O BC é independente e não vai mais ter problema de juro? Ledo engano. O problema é que este país tem uma cultura de viver com juros altos, que não combina com a necessidade de crescimento que nós temos"
Lula sobre Selic

O que é a autonomia do BC? A regra desvinculou o BC do governo e o tornou uma autarquia de natureza especial.

A principal mudança foi a criação de mandatos fixos de quatro anos, com possibilidade de uma recondução, o que distancia o órgão da influência política.