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Co-fundador do G10 Favelas: 'Empresas precisam deixar estereótipos de lado'

Renato Pezzotti

Colaboração para o UOL, em Piracicaba (SP)

07/03/2023 04h01

Para Joildo Santos, co-fundador do G10 Favelas e CEO da agência Cria Brasil, as empresas precisam ajudar a construir um outro olhar, sem preconceito, sobre as comunidades no Brasil.

"Quer falar com R$ 180 bilhões de faturamento que circula por essas comunidades? Primeiro passo é ir conhecê-las. Esse é o convite que faço: precisamos desmistificar isso. Precisamos deixar os estereótipos de lado, na música, nos serviços. Aqui em Paraisópolis, por exemplo, temos um celeiro de atletas de rugby. Quem pode imaginar?", diz.

Este foi um dos temas abordados no episódio #157 do programa Mídia e Marketing, que foi ao ar ontem (06), no Canal UOL.

Confira, abaixo, o programa na íntegra.

Ele também falou sobre:

  • a atuação do G10 Favelas, bloco formado por líderes empreendedores da 10 maiores favelas do Brasil
  • como as marcas poderiam melhorar suas abordagens com as comunidades
  • como a publicidade precisa deixar os estereótipos da favela de lado
  • contou a história do nascimento da agência Cria Brasil, atende clientes como Casas Bahia, Electrolux e Leroy Merlin.

Atuação do G10 Favelas

São mais de 20 iniciativas, cada uma com uma alternativa, uma saída, que temos escalado e levado para outros estados. É possível trazer desenvolvimento para a favela por meio da tecnologia, como acontece com o G10 Tech

Empreendedorismo

É necessário encontrar outras portas de saída para o assistencialismo. Só doação não adianta, não pode se perpetuar. Precisamos de autonomia e independências através do empreendedorismo

Marcas e comunidades

Quer falar com R$ 180 bilhões de faturamento que circula por essas comunidades? Primeiro passo é ir conhecê-las. Esse é o convite que faço: precisamos desmistificar isso. Precisamos deixar os estereótipos de lado, na música, nos serviços. Aqui em Paraisópolis, por exemplo, temos um celeiro de atletas de rugby. Quem pode imaginar?

O mercado tem olhado a favela de forma diferente, tem chegado mais perto, mas ainda de forma tímida. Hoje, é mais critério de ESG do que de atuação. As marcas passam, mas a gente fica. Temos perguntado: O que vocês deixam aqui? Pra combater a insegurança, só com convivência

Nascimento da Cria Brasil

A Cria Brasil surgiu a partir de um veículo de comunicação, que publicava as notícias que mostrassem um outro olhar. Na pandemia, decidimos mudar a trajetória. A gente não se coloca como intermediário. A gente procura trazer as referências culturais e esportivas para dentro das campanhas, com muitas campanhas produzidas a quatro mãos

Confira: