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Enel cortou 36% dos colaboradores em São Paulo desde 2019

A Enel cortou 36% de seus colaboradores em São Paulo desde 2019 até o terceiro trimestre de 2023, segundo relatórios trimestrais divulgados pela própria empresa ao mercado. Os números foram dados pela CNN e confirmados pelo UOL.

O que aconteceu

Os colaboradores da Enel caíram de 23.385 para 15.366 em quase quatro anos. Os dados consideram os empregados da própria empresa e os terceirizados.

No mesmo período, o número de consumidores atendidos pela empresa subiu 7%. Atualmente 7,85 milhões de imóveis são atendidos pela Enel na Grande São Paulo, segundo dados da própria empresa.

No final de 2019, a distribuidora tinha 6.468 funcionários próprios —em setembro de 2023, o número era de 3.863. No caso dos terceirizados, a quantidade caiu de 17.367 para 11.503 no período.

Questionada pelo UOL, sem citar cortes, a empresa afirmou que "desde que adquiriu a Eletropaulo, tem realizado uma média anual de investimentos da ordem de R$ 1,3 bilhão por ano, contra cerca de R$ 800 milhões por ano investidos anteriormente. Esse volume recorde de investimento está sendo destinado, principalmente, a digitalização e automação da rede elétrica, o que tem refletido na melhora dos indicadores de qualidade e na eficiência da companhia".

Enel comprou 73% das ações da Eletropaulo em junho de 2018. A empresa italiana adquiriu essa fatia da companhia brasileira pelo valor de 1,48 bilhão de dólares (cerca de R$ 5,5 bilhões, nos valores da época), se tornando a acionista majoritária. Em dezembro daquele ano, a Eletropaulo passou a se chamar Enel Distribuição São Paulo.

Moradores de SP sem energia

Enel diz que 413 mil pessoas ainda não têm luz. A informação é do último boletim divulgado pela distribuidora de energia no estado, na manhã de hoje. A previsão da empresa é que toda a população afetada, que chegou a 2,1 milhões no pico de desabastecimento, tenha energia até amanhã.

Às 10h de hoje, moradores completaram 66 horas sem energia. Inúmeros foram os relatos de pessoas que precisaram se hospedar em hotéis desde sexta-feira (3) ou perderam tudo que estava na geladeira. Uma idosa de 89 anos que usa respirador teve que passar a noite em um hospital porque estava sem luz em casa.

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Falta de luz ocorreu após um temporal atingir São Paulo na última sexta-feira (3). As chuvas derrubaram centenas de árvores no estado e foram registradas rajadas de vento superiores a 100 km/h pelo CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) da Prefeitura de São Paulo. A velocidade é a maior que se tem registro desde 1995, quando os dados começaram a ser computados pelo órgão.

Chuvas deixaram sete pessoas mortas. As mortes foram registradas em São Paulo, Osasco, Santo André, Suzano, Limeira e Ilhabela. Na capital, duas vítimas estavam em um carro atingido por uma árvore que caiu. As outras cinco cidades tiveram uma morte cada, segundo a Defesa Civil.

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