Ministério da Justiça notifica Enel para explicar falta de luz em SP
O Ministério da Justiça notificou a Enel nesta segunda-feira (6) para que a distribuidora dê explicações sobre o apagão que atingiu o estado de São Paulo no feriado. Milhares de paulistas ficaram sem energia após um temporal atingir o estado na última sexta-feira (3).
O que aconteceu
Notificação foi enviada por meio da Senacon, que é subordinada ao Ministério da Justiça. O anúncio foi feito pelo secretário nacional do consumidor, Wadih Damous, em entrevista à GloboNews. Antes, o ministro Flávio Dino já havia antecipado no X (antigo Twitter) que a Enel seria notificada.
Em nota, a Senacon disse que deu prazo de resposta de 24 horas. A secretaria quer informações sobre a regularização do serviço, canais de atendimento aos consumidores, ampliação destes canais no período de maior demanda, planejamento para enfrentar a situação, minimizar danos e ressarcir os consumidores.
Ainda segundo o órgão, a Enel também deverá informar qual é seu plano de contingência diante de eventos climáticos extremos com detalhamento claro das ameaças, a resposta imediata ao problema, os prazos de conclusão, os recursos e pessoal envolvido com a solução do problema, e os cronogramas de atendimento imediato e a médio prazo.
A Senacon pede, por fim, uma coordenação integrada com o Procon-SP, orientação aos consumidores sobre os direitos que têm devido à falta de energia e a criação de um canal de denúncia junto à secretaria.
O UOL entrou em contato com a Enel. Em caso de manifestação, esse texto será atualizado.
Chuvas em São Paulo deixaram sete mortos
As mortes foram registradas em São Paulo, Osasco, Santo André, Suzano, Limeira e Ilhabela. Na capital, duas vítimas estavam em um carro atingido por uma árvore que caiu. As outras cinco cidades tiveram uma morte cada, segundo a Defesa Civil.
Enel diz que 413 mil pessoas ainda não têm luz. A informação é do último boletim divulgado pela distribuidora de energia no estado, na manhã de hoje. A previsão da empresa é que toda a população afetada, que chegou a 2,1 milhões no pico de desabastecimento, tenha energia até amanhã.
Às 10h de hoje, moradores completaram 66 horas sem energia. Inúmeros foram os relatos de pessoas que precisaram se hospedar em hotéis desde sexta-feira (3) ou perderam tudo que estava na geladeira. Uma idosa de 89 anos que usa respirador teve que passar a noite em um hospital porque estava sem luz em casa.
Serviços de telefonia, internet e abastecimento de água também foram afetados. Moradores da capital e da região metropolitana relataram falta de água, sinal de internet e dificuldade para fazer ligações inclusive para a Enel.
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