Guia para não cair no golpe do Pix: o que fazer para evitar armadilhas

Já foi assaltado e perdeu informações sigilosas como aplicativos de banco? Tem medo de cair em alguma armadilha digital envolvendo sistema bancário? Conhece alguém que caiu em um golpe e perdeu dinheiro por supostas transferências bancárias? O UOL conversou com o especialista em segurança digital e diretor do grupo Magav, Fernando Brafmann, e separou algumas dicas para se proteger de armadilhas envolvendo PIX, celular e aplicativos de banco.

O que fazer para proteger celular, conta bancária e dados pessoais?

Mais importante é a não divulgação de dados pessoais de forma desnecessária. Embora as pessoas acreditem que os hackers ou criminosos conseguem os dados usando alguma ferramenta tecnológica, isso não é sempre verdade.

A maioria deles usa a engenharia social, que nada mais é do que uma pesquisa feita pela internet, por telefone ou até pessoalmente. Sem notar, as pessoas acabam disponibilizando informações que podem ser utilizadas contra elas. Também é importante evitar a divulgação de uniforme escolar, placa de carro, nome do condomínio onde mora, principalmente nas redes sociais.

Dicas de proteção

Ter um celular para andar na rua que tenha o aplicativo do banco para movimentação e despesas do dia a dia. Já as movimentações maiores para bancos ou corretoras devem ser feitas do computador, ou de outro celular que fica fixo em casa. No celular de uso diário é bom deixar o limite do PIX baixo e os limites de operações muito menores para que em caso de assalto ou golpe não cause grandes prejuízos.

Mantenha, tanto no celular quanto no computador, os sistemas operacionais atualizados. Um aplicativo com o sistema operacional desatualizado fica muito mais propenso a sofrer ataques que seriam evitados com a atualização. Deixar programado para atualizar automaticamente, enquanto carrega o telefone à noite, pode ser uma solução.

Além da proteção via senha comum no celular, vale utilizar uma senha para inicialização de chip.

Jamais clicar em links desconhecidos e evitar fazer compras em sites que não possuam certificações de compra segura. Melhor optar pela verificação de duas etapas via e-mail e não via número de celular, já que criminosos podem utilizar dessa possível checagem para roubar os acessos nas redes sociais.

Troque suas senhas com frequência e não utilize a mesma senha para serviços diferentes.

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Desconfie se alguém oferecer telefone ou computador para acessar seu e-mail ou alguma rede social. Essa pessoa pode gravar seu login e depois alterá-lo para bloquear o seu acesso.

Cheque remetentes de e-mails e mensagens.

Golpes mais comuns

Os golpes do PIX continuam sendo a vedete do momento. Os valores de transferência devem ser baixos dentro da realidade de cada. Alguns bancos já permitem que o correntista cadastre usuários que possam receber valores mais altos, pessoas conhecidas ou estabelecimentos que frequenta.

Outro golpe comum é a invasão de contas nas redes sociais. Os golpistas se passam pelo dono da conta colocando objetos à venda para os contatos. Não devem ser feitas transferências bancárias online sem ter certeza.

Mesmo com senha ou usando o desbloqueio facial pelo celular, é preciso redobrar o cuidado quando está com o aparelho na rua ou aberto no painel do carro. Nessas situações, os criminosos sabem que o aparelho estará aberto e com senha disponível.

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Receber mensagem por WhatsApp ou SMS dizendo que alguém trocou de número e pedindo dinheiro para fazer um pagamento. O ideal é dar um telefonema ou uma ligação de vídeo para o número original da pessoa para checar as informações.

O que fazer se cair em um golpe?

A primeira coisa a fazer é trocar a senha dos aplicativos de redes sociais e dos aplicativos de banco.

E na sequência fazer um boletim de ocorrência, que pode ser feito digitalmente, com todas as informações possíveis. Isso auxilia na elucidação do caso, protege de responsabilidades caso a conta seja usada para cometer outros crimes e ajuda no cancelamento de compras e operações indevidas

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