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Prévia da inflação desacelera para 0,44% em maio

Imagem: Renan Rodrigues/A7 Press/Estadão Conteúdo

Alexandre Garcia

Colaboração para o UOL, de São Paulo

28/05/2024 09h04

A prévia da inflação perdeu ritmo e avançou 0,44% em maio, ante alta de 0,51% registrada no mesmo mês do ano passado, mostram dados divulgados nesta terça-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A variação foi impulsionada pelo aumento de 1,9% da gasolina. Com a desaceleração, o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15) acumula alta de 3,7% no acumulado dos últimos 12 meses.

O que diz a prévia da inflação

Avanço do IPCA-15 é o segundo maior deste ano. Em 2024, a variação fica atrás apenas da variação de 0,78% apurada em fevereiro. No acumulado do ano até maio, o índice tem variação de 2,12%. No ano passado, quando a alta do indicador foi de 0,51%, a alta até o período era de 3,12%.

Oscilação mantém a prévia da inflação dentro da meta. A aceleração de maio faz o IPCA-15 acumular alta de 3,7% nos últimos 12 meses. O intervalo estabelecido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) determina que IPCA deve terminar este ano em 3%. O valor tem margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, entre 1,5% e 4,5%.

Aumento da gasolina foi determinante. Em maio, a alta de 1,9% no preço da gasolina contribuiu com o resultado do IPCA-15 e foi determinante para variação de 0,77% do grupo de transportes.

Outros combustíveis também estão mais caros. Sem o mesmo peso da gasolina para o índice de preços, o etanol (4,7%) e o óleo diesel (+0,37%) também apresentaram altas. Por outro lado, o gás veicular (-0,11%) registrou queda no mês.

Preço das passagens aéreas volta a subir. Após as quedas apurada em todos os meses desde janeiro, o preço dos bilhetes subiu 6,04% em maio. Entre os transportes, houve também a variação do metrô (+2,53%), motivada pelo reajuste no Rio de Janeiro.

Reajuste dos remédios também pesou no bolso dos brasileiros. A autorização para o aumento de 4,5% nos preços dos medicamentos guiou as altas dos produtos farmacêuticos (2,06%) e do grupo de saúde e cuidados pessoais (1,07%).

Alimentação

Comer dentro e fora de casa também ficou mais caro. Em maio, a variação de 0,26% do grupo alimentação e bebidas contou com as altas da refeição no domicílio (0,22%) e fora da residência (0,37%).

Altas da cebola (16,05%), do café moído (2,78%) e do leite longa vida (1,94%) guiaram a variação. Por outro lado, foram apuradas quedas nos preços do feijão-carioca (-5,36%), das frutas (-1,89%), do arroz (-1,25%) e das carnes (-0,72%).

Para a alimentação fora de casa, a alta de 0,34% da refeição foi determinante. Já o lanche (0,47%) teve variação igual à registrada no mês anterior.

Confira abaixo a variação de cada um dos grupos em maio

  • Saúde e cuidados pessoais: 1,07%
  • Transportes: 0,77%
  • Vestuário: 0,66%
  • Alimentação e bebidas: 0,26%
  • Habitação: 0,25%
  • Despesas pessoais: 0,18%
  • Comunicação: 0,18%
  • Educação: 0,11%
  • Artigos de residência: -0,44%

O que é o IPCA-15

O IPCA-15 foi criado para oferecer a variação dos preços nos 30 dias finalizados na metade de cada mês. O índice começou a ser divulgado em maio de 2000 e representa uma prévia do IPCA, o indicador oficial da inflação no país. Para este mês, a apuração consiste no período entre 16 de abril e 15 de maio.

A medição de preços do IPCA-15 é feita em um período não calculado pelo IPCA. Com isso, o indicador com mostra qual será a tendência do resultado do final do mês. A análise tem como alvo as famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, residentes em 11 áreas urbanas do Brasil.

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