Conheça os principais golpes que envolvem transferências via Pix
A presença eminente do celular na vida dos brasileiros e o avanço do Pix abriram caminho para novos golpes. As abordagens mais comuns envolvem ligações, emails, SMS e mensagens em aplicativos para atrair as vítimas e fazer com que elas realizem transferências. Confira abaixo os principais golpes listados pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e saiba como evitar cada um deles.
Golpe do 0800
A modalidade envolve o envio de mensagens informando sobre uma transação suspeita. Na abordagem, o golpista pede para o cidadão entrar em contato com uma suposta central de atendimento com um número 0800.
Ao telefonar para a suposta central de uma instituição financeira, o alvo recebe novas informações falsas. Para tentar cancelar a transação desconhecida, ele é transferido para um falso atendente.
O golpista afirma que a transação está em análise e, que por isso, ainda não aparece na fatura. Na tentativa de cancelar a falsa operação, o estelionatário induz a vítima a fazer uma transação ou fornecer dados pessoais, como número de conta e senha.
Como evitar?
Os clientes nunca devem fazer ligações para números de telefone recebidos por mensagens. A Febraban orienta a ligação para os canais oficiais de seu banco ou para seu gerente, em caso de dúvidas.
A federação afirma que os bancos ligam para os clientes para confirmar transações suspeitas. No entanto, alerta que os telefonemas nunca solicitam senhas, token, dados pessoais, estorno de transações, transferências, Pix ou qualquer tipo de pagamento.
Golpe da Tarefa
Os criminosos têm usado os aplicativos de mensagens para oferecer oportunidade para ganhar dinheiro rápido. A proposta consiste na realização de tarefas simples na internet, como curtir fotos, fazer comentários e seguir contas de empresas e lojistas nas redes sociais.
Ao entrar em contato, o golpista afirma que o objetivo da ação é auxiliar na visibilidade de empresas e influenciadores. Quando aceita a proposta, o cidadão é incluído em um grupo de mensagens.
Os fraudadores até chegam a depositar valores baixos à vítima, alerta a Febraban. O golpe, no entanto, envolve o momento em que é necessário pagar para continuar na ação. Após a transferência, eles bloqueiam o usuário e somem, causando prejuízo.
Como evitar
Desconfie de proposta de trabalho oferecidas com promessas de vantagens exageradas. A Febraban orienta que a população jamais realize transações para garantir uma oportunidade ou um negócio.
Golpe da clonagem do WhatsApp
Na ação, o fraudador envia uma mensagem e finge ser de uma empresa na qual a vítima tem cadastro. Eles solicitam o código de segurança, que já foi enviado por SMS pelo aplicativo, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação do cadastro.
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Quero receberAo mencionar o tal código, os golpistas conseguem replicar a conta de WhatsApp. Com acesso, os criminosos enviam mensagens para os contatos da vítima e pedindo dinheiro emprestado.
Como evitar
A maneira mais eficaz de inibir a ação é a "verificação em duas etapas" do aplicativo. Pelo sistema IOS, a ação é possível pelo seguinte caminho: configurações > conta > confirmação em duas etapas > Ativar > Crie uma senha PIN de 6 dígitos. Já nos aparelhos Android, o procedimento é: ajustes > conta > confirmação em duas etapas > ativar. A Febraban orienta ainda que os usuários nunca informem o código de segurança do WhatsApp.
Golpe da engenharia social
O criminoso escolhe uma pessoa, pega sua foto em redes sociais e descobre os contatos da pessoa. Na ação, o golpista manda mensagem para amigos e familiares da vítima, alegando que teve de trocar de número e pede transferências, dizendo estar em alguma emergência.
Como evitar
A Febraban orienta para a cautela com a exposição de dados e números de telefone em redes sociais. O contato pode ser exposto em sorteios e promoções. Para os que recebem o contato desconhecido, a recomendação é certificar quem envia as mensagens. Não faça nenhum tipo de transação até falar com a pessoa por outro meio, como ligação de vídeo.
Golpe do Phishing
A "pescaria digital" dos criminosos visa a obtenção de senhas e dados pessoais do usuário. A isca geralmente surge a partir de emails recebidos de supostos bancos com mensagens sobre irregularidades na conta da vítima.
Essa prática também é recorrente nas redes sociais para induzir o clique em links maliciosos. A partir da ação, os usuários são direcionados a uma página falsa, na qual os golpistas fazem a pessoa a digitar senhas e/ou dados pessoais.
Como evitar
Sempre verifique na barra do navegador se o endereço da página está correto. A Febraban pede para que os cidadãos nunca cliquem em links ou anexos de emails de remetentes desconhecidos. Para garantir, digite o endereço oficial da página que deseja acessar direto no navegador.
Compre sempre em sites conhecidos e nunca use computadores públicos. Caso receba ligações ou mensagens, não repasse nenhum código que permita determinada autenticação. Em caso de dúvida, não clique em nenhum link.
Golpe do acesso remoto
Também conhecido como Golpe da Mão Fantasma, o fraudador se passa por falso funcionário do banco. Com diversas abordagens para enganar os clientes, os golpistas enviam links para a instalação de um aplicativo que solucionará um suposto problema. A instalação permite que o criminoso tenha acesso ao celular da vítima a partir de um software maligno.
Como evitar
A Febraban reafirma que as instituições financeiras não utilizam desse tipo de abordagem. Por isso, a recomendação é para que os clientes jamais realizem a instalação de aplicativo em seu celular para supostas regularizações na conta.
O cliente deve tomar muito cuidado com ligações recebidas de estranhos, pedidos de dinheiro, mensagens em emails, SMS e aplicativos de mensagens, promoções tentadoras com produtos muito abaixo do preço e promessas de ganho fácil
José Gomes, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban
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