Alckmin antecipa cortes de gastos do governo: 'Fazer mais com menos'

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) participou neste sábado (15) de um evento em Campos do Jordão (SP) e defendeu um reajuste nos gastos do governo.

O que aconteceu

Alckmin falou sobre o corte de gastos em uma entrevista coletiva. Perguntado após o 17º Congresso do Transporte Rodoviário de Cargas sobre os prazos e impactos do projeto de redução de gastos do governo, o vice-presidente afirmou que o Executivo deve fazer cortes "a curto prazo".

Não tem nenhuma definição ainda de data, mas o fato é que nós devemos procurar ter cortes no curto prazo, medidas que têm resultado mais rápido, no médio e no longo prazo, porque você precifica. Mesmo que eu tenha uma medida que vai se estender por vários anos, mas você traz a valor presente. Então, com uma melhor política fiscal, nós vamos ter juros mais baratos e melhor política monetária
Geraldo Alckmin

No evento, organizado pela Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo, Alckmin também falou sobre o corte de gastos e defendeu "fazer mais com menos". "O governo vai fazer um ajuste para chegar no déficit zero, reduzindo despesas. Então, nós estamos ajudando o presidente - o ministro Haddad, ministra Simone -, nós estamos ajudando também, a gente fazer um trabalho para reduzir despesas, fazer um ajuste pelo lado da despesa, que é o que nós sempre fizemos em São Paulo", argumentou o vice-presidente.

Nós não aumentamos um imposto. Sempre ajuste pelo lado da despesa. Fazer mais com o mesmo dinheiro, ou até com menos. Melhorar a eficiência do gasto público. E aí a gente zera o déficit e com uma política monetária, política fiscal sólida, nós vamos ter juros mais baratos.
Geraldo Alckmin

Alckmin falou também sobre a reforma tributária. Segundo o ex-governador de São Paulo, o governo está "otimista" com as mudanças. "Ela tem o benefício de simplificar. Ela desonera totalmente exportação, desonera totalmente investimento. Então estimula a crescer a exportação e o investimento. Os estudos do Ipea mostram que, em 15 anos, ela pode aumentar 12% ao PIB, e a crescer em 14% os investimentos e em 17% as exportações", salientou.

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