Sem brinde repetido: o que o público pode esperar das marcas no Rock in Rio
Renato Pezzotti
Colaboração para o UOL, em Piracicaba (SP)
30/08/2024 08h01
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A 10ª edição brasileira do Rock in Rio acontece no mês que vem, na zona oeste da capital fluminense. O evento celebra 40 anos da sua primeira edição e espera receber cerca de 700 mil pessoas, em 7 dias de shows (13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro), na Cidade do Rock.
Nada menos do que 12 marcas são patrocinadores do festival este ano: além do Itaú, que detém a cota master, C&A, Coca-Cola, Doritos, Ipiranga, KitKat, Heineken, Natura, Prudential, Seara, Tim e Volkswagen disputarão a atenção do público com nomes como Ed Sheeran, Katy Perry e Shawn Mendes -no total, serão mais 750 artistas nos 6 palcos do evento.
Roda gigante, montanha-russa e escorregador gigante
O público ainda poderá se divertir em uma espécie de parque de diversões musical e ganhar gifts personalizados, como copos e pins.
Além da já conhecida roda gigante do Itaú e a tradicional tirolesa que atravessa o palco, marcas como Superbet e TIM oferecerão karaokês aos presentes. A operadora também terá uma torre com mais de 30 metros de altura, em um brinquedo que pode chegar aos 50 km/h.
O iFood levará uma montanha-russa ao festival. O Bob's, por sua vez, montará um escorregador gigante. Já a Heineken terá um labirinto que pode dar ingressos para outros dias do festival, entre outros brindes.
Ao UOL Mídia e Marketing, Rodolfo Medina, VP de marketing e parcerias do Rock in Rio e presidente executivo do Grupo Dreamers, afirmou que, além de tudo, uma das principais missões desta edição é reunir gerações e estimular encontros de histórias memoráveis. Confira:
Essa edição comemora os 40 anos do Rock in Rio. Como é o desafio de sempre tentar fazer uma edição melhor do que a última: além do lineup, quais inovações serão levadas para o público este ano?
Comemorar 40 anos é um marco para gente. O Rock in Rio tem a possibilidade de reunir gerações e poucos projetos de entretenimento têm essa força. A gente quer estimular esses encontros de histórias memoráveis.
Teremos desde o musical ('Sonhos, lama e Rock and Roll' contará a história do festival em 4 sessões por dia), que vai relembrar a criação do festival, até uma super projeção, no palco principal, que vai contar a história dos nossos 40 anos.
Além disso, vai acontecer o dia Brasil, em que vamos celebrar a música brasileira (no dia 21 de setembro, somente músicos nacionais irão se apresentar, entre shows de música sertanejo, samba, rap e pop, bossa nova e música clássica). Nada melhor que os 40 anos para fazer isso.
Também iremos encontrar a Cidade do Rock diferente, uma vez que o Parque Olímpico sofreu algumas mudanças. O fluxo de logístico interno também vai ser bem diferente. Do outro lado, temos uma provocação para as marcas que estarão lá, de como melhorar a experiência de quem está lá dentro e de também levar a experiência para quem não pode ir.
O festival deste ano tem 12 patrocinadores. Como fazer com que todos tenham boas iniciativas, boas práticas que sejam positivas para o evento e para o público?
As marcas já entenderam que a forma de todo mundo sair ganhando é proporcionar a melhor experiência para o público. Não é sobre comunicar as mensagens: tem que passar os nossos valores, dando algum tipo de serviço, algum tipo de experiência.
São quase dois anos de trabalho para cada Rock in Rio. Então, a gente cocria muito, com o nosso time de gestão, a ponto de cuidar para que os brindes para o público não sejam os mesmos. É um trabalho de colaboração e aprendizado contínuo, que vamos aprimorando a cada ano.
Rodolfo Medina
O evento tem patrocinadores que se repetem nas últimas edições. Isso é um dos sinais de sucesso publicitário?
Essa é a maior a métrica de sucesso que podemos ter. Quando conseguimos renovar os patrocinadores anos após anos e fechar parcerias de longo prazo, todo mundo fica feliz, porque o resultado é melhor. As marcas estão lá a serviço dos seus resultados: e isso é uma prova de que está dando certo.
Queria que você falasse um pouco também sobre o Rock in Rio Academy, um curso de formação executiva em gestão que dura um dia, dentro do evento. Essa vida real possibilita que os interessados conheçam os desafios, problemas e suas soluções do evento?
A gente tem uma história que é a possibilidade de fazer estudo de caso ao vivo. Temos sempre um parceiro de educação para ajudar a gente a formatar o conteúdo, já que não somos educadores.
A ideia é mostrar como é fazer o maior festival de entretenimento do mundo, com todas as dificuldades normais que acontecem. Como você disse, por exemplo, já sabemos que teremos alguns problemas que fogem do nosso controle.
No curso, a gente passa um pouco disso, que vai desde a pessoa que cuida da logística, até quem desenha a Cidade do Rock, pelos diretores de produção e até das pessoas que cuidam da comunicação. Mostramos como isso tudo está conectado para quem é do mundo do entretenimento.