Bolsa sobe impulsionada por JBS, e dólar cai antes de anúncio do Copom

Hoje o dólar recuou 0,25%, cotado a R$ 5,672, estendendo a tendência de queda iniciada no pregão anterior. O movimento acontece enquanto investidores acompanham o cenário econômico global e esperam a decisão do Banco Central sobre a taxa básica de juros (Selic), que vai acontecer amanhã.

A Bolsa de Valores brasileira encerrou o dia em alta, ultrapassando os 131 mil pontos. Entre os destaques do pregão, as ações da JBS registraram o melhor desempenho do dia.

O que aconteceu

A desvalorização do dólar turismo mantém a tendência observada nos últimos dias. A moeda, utilizada por viajantes em transações internacionais, recuou 0,28%, chegando a R$ 5,892.

No cenário interno, a atenção está voltada para a reunião do Copom. O Comitê de Política Monetária anuncia amanhã a nova taxa Selic, e o consenso entre analistas aponta para um aumento de 1 ponto percentual. Sem sinais de surpresa, a previsão já está precificada pelos investidores.

Nos Estados Unidos, os dados econômicos sugerem um momento de cautela. Indicadores de inflação menores e sinais de retração na atividade econômica ajudam a conter preocupações no mercado, mas o Federal Reserve ainda aguarda novas informações antes de definir os próximos passos. A expectativa é que a instituição analise o impacto das decisões do governo Trump antes de sinalizar uma possível retomada dos cortes de juros.

Bolsa sobe

O Ibovespa encerrou o pregão desta terça em alta de 0,49%. O principal índice da Bolsa brasileira alcançou 131.478,48 pontos, com um volume negociado de R$ 14,32 bilhões. O desempenho positivo foi impulsionado, principalmente, pelo setor agropecuário e frigorífico.

As ações da JBS (JBSS3) foram o grande destaque do dia. Os papéis da empresa avançaram 18,35%, sendo cotados a R$ 38,76. O movimento ocorre após a J&F Investimentos, acionista controladora da JBS, firmar um acordo com o BNDES, reduzindo os entraves para a dupla listagem da companhia. Analistas apontam que o processo pode avançar com mais facilidade.

Outras empresas do setor também apresentaram forte valorização. A SLC Agrícola (SLCE3) teve alta de 7,66%, enquanto a BRF (BRFS3) subiu 7,09%. O desempenho reforça o otimismo do mercado com o segmento, diante da perspectiva de expansão e maior presença internacional das companhias.

2 comentários

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Ladislau Leite

Quando sobe é culpa do governo, quando cai vocês arrumam as mais indisfarçáveis desculpas. Façam jornalismo sério.

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