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Deficit comercial dos EUA é o menor em um ano e meio

Lucia Mutikani

Da Reuters, em Washington

09/08/2012 10h20

O deficit comercial dos Estados Unidos em junho foi o menor em um ano e meio, uma vez que os preços menores do petróleo frearam as importações, de acordo com dados divulgados pelo governo nesta quinta-feira (9) que sugerem uma revisão para cima no crescimento do segundo trimestre.

O deficit comercial diminuiu 10,7% para US$ 42,9 bilhões, o menor desde dezembro de 2010, segundo o Departamento do Comércio. Economistas consultados pela agência de notícias "Reuters" previam que o deficit atingisse US$ 47,5 bilhões.

A conta de importação de petróleo caiu uma vez que o preço médio do barril de petróleo registrou a maior queda desde janeiro de 2009. As importações gerais de bens e serviços recuaram 1,5%, para US$ 227,9 bilhões.

As exportações subiram 0,9%, para um recorde de US$ 185 bilhões.

Desaceleração

O comércio subtraiu quase um terço de um ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre. A economia cresceu a uma taxa anual de 1,5%, desacelerando ante o ritmo de 2% do primeiro trimestre. Embora as exportações tenham mostrado força em junho, evidências sugerem uma desaceleração devido à fraca demanda global. O índice de exportação do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) caiu em julho pelo terceiro mês seguido.

Também existem preocupações de que a pior seca desde 1956, que afetou metade do país, pode afetar as exportações agrícolas.

As exportações dos Estados Unidos para os 27 países da União Europeia (UE), em meio à contínua crise da dívida que tem desacelerado o crescimento do continente, aumentaram 1,7% em junho, para US$ 23,3 bilhões.

A UE foi o segundo maior mercado exportador dos Estados Unidos no ano passado, e as exportações no primeiro semestre de 2012 foram 2,9% maiores do que o mesmo período de 2011.

As exportações norte-americanas para a China, que também estão crescendo mais lentamente do que nos últimos anos, caíram 4,3% em junho. A China tem sido um dos mercados com crescimento mais rápido por produtos norte-americanos, e as exportações para aquele país avançaram 6,7% nos primeiros seis meses de 2012.