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Ações asiáticas têm forte queda após Fed e por temores com China

20/06/2013 08h05

Por Chikako Mogi e Wayne Cole

TÓQUIO/SYDNEY, 20 Jun (Reuters) - Os mercados asiáticos e da região do Pacífico foram fortemente atingidos nesta quinta-feira, depois que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, indicou que o fim ao seu estímulo monetário está perto, e a China apertou o crédito mesmo com sua atividade industrial registrando o menor nível em nove meses.

As ações asiáticas com exceção do Japão sofreram a maior perda diária desde o final de 2011, importantes taxas de empréstimo da China atingiram máximas históricas e a moeda indiana caiu para recorde histórico.

A Bolsa australiana tombou 2,12%, enquanto as ações sul coreanas caíram 2%, para o menor nível em sete meses. As ações em Hong Kong recuaram 2,88% e o mercado em Xangai perdeu 2,77%.

A Bolsa de Taiwan recuou 1,35%, enquanto Cingapura retrocedeu 2,51%.

O catalisador inicial para as fortes quedas foi o presidente do Fed, Ben Bernanke, que sinalizou provável fim para a compra de títulos até meados de 2014.

"Bernanke foi mais explícito do que os mercados esperavam. O aumento dos yields norte-americanos irá impulsionar compras de dólares. A direção do dólar está estabelecida agora", afirmou o diretor de câmbio do Credit Agricole, em Tóquio, Yuji Saito.

Somando-se ao pessimismo, uma medida da indústria chinesa caiu inesperadamente e acrescentou evidências de crescimento econômico fraco no segundo trimestre.

O PMI preliminar do HSBC caiu para 48,3 em junho, ante leitura final em maio de 49,2, o nível mais fraco desde setembro.

Também pesou um aumento nas taxas de empréstimo interbancárias, uma vez que o Banco do Povo da China, o BC do país, apertou a liquidez mesmo com os bancos pedindo dinheiro.

O índice Nikkei, do Japão, teve perdas um pouco menores, uma vez que uma pesquisa da Reuters com empresários do setor industrial mostrou que a confiança está no maior nível desde o começo de 2011, o que seguiu notícias surpreendentemente otimistas sobre as exportações. O índice caiu 1,74%.