EUA rejeitam arquivar processo contra Nestlé por trabalho infantil
WASHINGTON (Reuters) - A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou nesta segunda-feira (11) um pedido da Nestlé, maior empresa de alimentos do mundo, e de duas outras companhias para arquivar um processo no qual são acusadas de escravizar crianças em plantação de cacau na Costa do Marfim.
O tribunal manteve uma decisão de dezembro de 2014 da Corte de Apelações de San Francisco que negou arquivar o processo contra Nestlé, Archer-Daniels-Midland e Cargill, impetrado por ex-vítimas de escravidão infantil.
Os pleiteantes, que são originalmente do Mali, afirmam que as companhias violaram os direitos humanos por meio de seu envolvimento ativo na compra de cacau da Costa do Marfim.
Mesmo sabendo dos problemas de escravidão infantil, as companhias ofereceram assistência financeira e técnica para fazendeiros locais em uma tentativa de garantir uma fonte mais barata de cacau, disseram os pleiteantes.
Outro lado
Em nota, a Nestlé afirmou que a decisão da suprema corte norte-americana não significa que a empresa seja culpada. "O uso de trabalho infantil é inaceitável e vai contra tudo o que a Nestlé acredita".
A empresa disse, ainda, que respeita e segue todas as leis internacionais e está dedicada em acabar com o trabalho infantil na cadeia de produção do cacau.
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