Varejo no Brasil cai 2,7% em dezembro e fecha 2015 com queda histórica de 4,3%, diz IBGE
RIO DE JANEIRO, 16 Fev (Reuters) - As vendas no varejo brasileiro registraram em 2015 sua maior queda histórica, em meio ao cenário de recessão econômica, primeiro resultado negativo desde 2003 e puxado por perdas em segmentos importantes como móveis, eletrodomésticos e combustíveis.
No ano passado, as vendas caíram 4,3% sobre 2014, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (16).
Este é o pior resultado na série histórica iniciada em 2001 e a primeira queda desde o recuo de 3,7% visto em 2003, reflexo da economia em forte recessão agravada por confiança muito fraca e juros elevados.
Somente em dezembro, ainda segundo o IBGE, a atividade teve recuo de 2,7% contra novembro, resultado mais fraco em um ano, registrando queda de 7,1% sobre o mesmo mês do ano anterior.
As expectativas em pesquisa da agência de notícias Reuters eram de recuo de 2,5% na comparação mensal e de 7,05% sobre um ano antes.
Móveis e eletrodomésticos
O IBGE informou que o pior desempenho no volume de vendas entre as atividades no varejo restrito em 2015 ficou para Móveis e eletrodomésticos, com queda de 14%. Só em dezembro, o tombo foi de 8,7% sobre o mês anterior.
As vendas de Combustíveis e lubrificantes chegaram a subir 0,5% em dezembro, mas fecharam o ano com recuo de 6,2%.
Já o grupo de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, setor com maior peso na estrutura do comércio varejista, caiu 1% no último mês do ano, terminando 2015 com perdas de 2,5%.
Ainda segundo o IBGE, o volume de vendas no varejo ampliado --que inclui veículos e material de construção-- caiu 0,9% em dezembro sobre o mês anterior, fechando o ano com recuo de 8,6%.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier; Texto de Camila Moreira; Edição de Patrícia Duarte)
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