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Samsung Electronics aumenta rigor nas regras de doação

24/02/2017 14h49

SEUL, 24 Fev (Reuters) - A gigante de tecnologia Samsung Electronics está aumentando o rigor na supervisão de doações, enquanto dois altos executivos do grupo Samsung pediram demissão, já que o conglomerado luta com as consequências de um escândalo que levou à prisão de seu líder direto.

A Samsung Electronics informou na sexta-feira (24) que seu conselho de administração votará agora sobre qualquer apoio financeiro a terceiros no valor de 1 bilhão de wons (US$ 886.210,56) ou mais e divulgará esses pagamentos publicamente. Anteriormente, apenas os pagamentos de 680 bilhões de wons ou mais estavam sujeitos à aprovação da diretoria.

"Esse movimento melhora a transparência na ajuda financeira e apropriação de fundos de responsabilidade corporativa social, e fortalece a gestão de conformidade", disse a empresa em um comunicado.

O carro-chefe do conglomerado sul-coreano Samsung Group está no centro de um escândalo de influência que levou o parlamento sul-coreano a decidir pelo impeachment da presidente Park Geun-hye em dezembro.

Jay Y. Lee, líder do Samsung Group e vice-presidente do conselho da Samsung Electronics, foi preso na semana passada depois de ser citado como suspeito pelo escritório da promotoria especial sul-coreana. Lee é acusado de prometer 43 bilhões de wons em subornos a uma empresa e organizações apoiadas pelo confidente do presidente Park Geun-hye, Choi Soon-sil, em troca de favores.

Embora o Samsung Group e Lee tenham negado pagar subornos a Park ou buscar favores indevidos, o conglomerado prometeu tomar medidas para melhorar a transparência em meio a acusações e críticas de que a Samsung usou seu poder financeiro para jogar o sistema a seu favor.

Manifestação do gerenciamento?

Separadamente, a agência de notícias Yonhap da Coreia do Sul informou na sexta-feira que o vice-presidente do conselho do Samsung Group, Choi Gee-sung, e o presidente Chang Choong-ki pediram demissão para assumir a responsabilidade pelo escândalo. Choi e Chang também são suspeitos na investigação da promotoria especial.

O Samsung Group não teve nenhum comentário imediato a oferecer sobre a notícia quando procurado pela agência de notícias Reuters.

(Reportagem de Se Young Lee, com reportagem adicional de Joyce Lee)