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Sindicatos afirmam que greve afeta unidades da Petrobras e impede troca de turnos

28/04/2017 09h06

SÃO PAULO (Reuters) - Os trabalhadores da Petrobras participam da greve geral desta sexta-feira, com "ampla adesão" dos funcionários de refinarias, plataformas de petróleo, termelétrica e terminais, de acordo com nota desta manhã publicada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT).

"A greve dos petroleiros começou no final da noite... com os ônibus fretados pela Petrobras e Transpetro (subsidiária de transporte) chegando vazios às refinarias e aos terminais. Não está havendo troca de turnos nas unidades", afirmou a FUP.

Não foi possível obter uma resposta imediata da Petrobras sobre o impacto da greve para as operações.

Na Bacia de Campos, principal produtora de petróleo do Brasil, trabalhadores de 29 plataformas interromperam as atividades e entregaram a produção para os gerentes, no início desta madrugada. "Só estão realizando procedimentos essenciais para garantir a segurança nas unidades", disse a FUP.

A greve geral contra reformas consideradas prioritárias pelo governo do presidente Michel Temer bloqueia ainda nesta manhã importantes vias de diversas cidades do país, assim como acessos a aeroportos e ao porto de Santos, o principal canal de escoamento de produtos do Brasil para o exterior.

Segundo a FUP, seis refinarias, sete terminais de distribuição, a Usina Termoelétrica Governador Leonel Brizola (RJ) e a Fábrica de Fertilizantes de Araucária (PR) "já estão na greve, assim como plataformas da Bacia de Campos e do Espírito Santo".

Nas refinarias de Duque de Caxias (Reduc), Mauá/SP (Recap), Campinas/SP (Replan), Minas Gerais (Regap), Pernambuco (Abreu e Lima) e Ceará (Lubnor), os ônibus que deveriam levar os trabalhadores para as trocas de turno da noite também chegaram vazios às unidades, acrescentou a federação.

Ainda segundo a FUP, nos terminais de Cabiúnas (Macaé), Suape (Pernambuco), Campos Elíseos (Duque de Caxias), Guararema (SP), Guarulhos (SP), Barueri (SP) e São Caetano (SP), "nenhum petroleiro entrou para trabalhar".

 

(Por Roberto Samora)