Aversão a risco no exterior corrobora ajuste negativo no Ibovespa
SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista recuava nesta quarta-feira, após subir por seis pregões seguidos, tendo como pano de fundo o cenário externo menos favorável a ativos de risco diante de preocupações com o governo do presidente norte-americano, Donald Trump.
A sessão é marcada ainda por vencimento de opções sobre o Ibovespa, o que pode adicionar alguma volatilidade aos negócios.
Às 11:24, o Ibovespa caía 0,9 por cento, a 68.062 pontos. O giro financeiro era de 1,74 bilhão de reais.
A cautela no exterior ganhou força após notícias de que o presidente dos Estados Unidos teria pedido ao então diretor do FBI, James Comey, para encerrar investigação sobre as ligações entre o ex-conselheiro de segurança nacional da Casa Branca Michael Flynn e a Rússia.
"As notícias de Washington aumentam as preocupações já crescentes com a agenda econômica que deveria impulsionar a expansão econômica com uma reforma tributária dramática, iniciativa de infraestrutura e reorientação do comércio", escreveram analistas do banco de investimentos Brown Brothers Harriman (BBH).
Localmente, as atenções seguem voltadas às reformas, com destaque para a da Previdência, e investidores aguardando a votação da medida no plenário da Câmara dos Deputados.
DESTAQUES
- JBS ON tinha baixa de 2,54 por cento, ampliando as perdas da véspera após o balanço do primeiro trimestre e com as operações da Polícia Federal envolvendo o nome da empresa ainda pesando sobre o ativo. Também no radar estavam as expectativas quanto à oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) nos Estados Unidos da subsidiária JBS Foods International. Na véspera, o presidente da JBS disse que ainda vê o segundo semestre como uma janela para a realização do IPO.
- ITAÚ UNIBANCO PN perdia 1,04 por cento e BRADESCO PN tinha baixa de 1,4 por cento, em pregão negativo para o setor bancário como um todo, o que reforçava o viés baixista do Ibovespa devido ao peso das ações em sua composição. BANCO DO BRASIL ON recuava 1,7 por cento e SANTANDER UNIT cedia 0,84 por cento.
- PETROBRAS PN caía 0,45 por cento e PETROBRAS ON perdia 0,25 por cento, contrariando a alta do petróleo no mercado internacional, que subia com expectativas de que dados semanais de estoques dos EUA possam dar ao investidor uma pista sobre a efetividade dos cortes de produção liderados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
- VALE PNA tinha baixa de 1,16 por cento e VALE ON recuava 1,47 por cento, também acompanhando o tom negativo do mercado, apesar do avanço dos contatos futuros do minério de ferro na China.
- QUALICORP ON subia 1,35 por cento, entre os destaques positivos do Ibovespa, esticando ganhos observados após o balanço trimestral, que levou analistas do Credit Suisse a elevarem o preço-alvo da ação de 26 para 30 reais.
(Por Flavia Bohone)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.