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Dudley, do Fed, mostra confiança de que inflação nos EUA vai se recuperar com salários

19/06/2017 11h12

PLATTSBURG, EUA (Reuters) - A inflação nos Estados Unidos está um pouco baixa mas deve subir junto com os salários uma vez que o mercado de trabalho continua a melhorar, afirmou o presidente do Federal Reserve de Nova York, William Dudley, nesta segunda-feira, reforçando a mensagem de que os dados fracos recentes não devem afetar os planos de continuar com o aumento dos juros.

As declarações de Dudley, um aliado próximo da chair do Fed, Janet Yellen, estão entre as primeiras depois que o banco central dos Estados Unidos aumentou os juros na semana passada diante de uma série de leituras fracas da inflação.

"Esse é na verdade um lugar muito bom para estar" com desemprego a 4,3 por cento e inflação em cerca de 1,5 por cento, disse Dudley, autoridade influente e aliado próximo da chair do Fed, Janet Yellen.

"Estamos muito próximos do pleno emprego. A inflação está um pouco mais baixa do que gostaríamos, mas achamos que se o mercado de trabalho continuar a apertar, os salários vão gradualmente acelerar e, com isso, a inflação vai gradualmente voltar a 2 por cento."

As leituras de preços diminuíram nos últimos meses, levantando dúvidas sobre o plano geral do Fed de elevar os juros mais uma vez antes do final do ano e outras três vezes no próximo ano. A alta da semana passada foi a terceira em seis meses.

Questionado sobre o achatamento dos rendimentos no mercado de títulos, o que sugere que os investidores estão céticos de que o ciclo de aperto monetário vai durar muito mais, Dudley disse que pausar a política monetária agora pode levantar o risco de a inflação subir demais e afetar a economia.

Ele disse que não vê a movimentação do mercado como um sinal negativo para a economia dos EUA, mas sim como algo que reflete a inflação e os custos de empréstimos baixos no exterior.

"Estou muito confiante" de que a expansão econômica "tem um longo caminho a percorrer", disse Dudley, acrescentando que espera que o crescimento dos salários suba para cerca de 3 por cento ao longo do próximo ano ou dois.

(Reportagem de Jonathan Spicer)