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Integrantes do BCE veem outubro como mês para decisão sobre estímulos, dizem fontes

21/07/2017 08h35

FRANKFURT (Reuters) - Os integrantes do Banco Central Europeu veem outubro como o mês mais provável para decidir se devem retirar os estímulos e consideram dezembro, uma possibilidade já sinalizada anteriormente, como muito tarde, afirmaram quatro fontes com conhecimento direto da discussão.

Com a perspectiva de inflação da zona do euro ainda turva, integrantes do BCE sentem que poucos dados estarão disponíveis na reunião de 7 de setembro. Eles também estão nervosos em fazer mudanças apenas duas semanas antes da eleição na Alemanha, o maior crítico da política de impressão de dinheiro de 2,3 trilhões de euros do BCE (2,7 trilhões de dólares), disseram as fontes à Reuters.

Depois de ter levantado a perspectiva de aperto monetário no mês passado, o presidente do BCE, Mario Draghi, estava inclinado na quinta-feira em dar o menor comentário possível sobre o próximo passo do BCE, enfatizando a necessidade de paciência e persistência para elevar a inflação.

"Todos os sinais estão apontando para outubro", disse uma das fontes. "Haverá pouco para decidir em setembro... e dezembro está muito longe".

O BCE não quis comentar. Na quinta-feira, Draghi disse que uma decisão viria no outono (Hemisfério Norte) e que os integrantes do BCE deliberadamente mantinham a data em aberto.

Uma das fontes apontou para os dados salariais do segundo trimestre, que serão divulgados após a reunião de 7 de setembro, como uma informação potencialmente vital.

Isso faz do encontro 26 de outubro uma data mais viável.

"Não seria inteligente esperar muito de setembro", acrescentou uma outra fonte.

Os salários têm sido particularmente preocupantes para o BCE. Enquanto o crescimento está superando as expectativas e o desemprego está recuando de forma relativamente rápida, o crescimento dos salários permanece estável, mantendo um controle sobre a inflação.

Essa aparente desconexão ocorre provavelmente por causa de mais trabalho em jornada parcial e temporária, uma vez que a crise financeira global e os formuladores de políticas do BCE ainda não têm certeza em qual ponto o crescimento do salário será atingido.

(Por Balazs Koranyi, Francesco Canepa e Frank Siebelt)