China dificultou negócios de minério com norte-coreanos antes de sanções, dizem operadores
PEQUIM/MANILA (Reuters) - A China pressionou seus comerciantes de minério de ferro a parar de comprar a mercadoria da Coreia do Norte mesmo antes do voto do Conselho de Segurança das Nações Unidas mais cedo neste mês para proibir os negócios como punição pelos testes de Pyongyang com mísseis, disseram dois comerciantes.
O Conselho de Segurança aprovou em 6 de agosto, por unanimidade, uma resolução que proíbe as exportações norte-coreanas de carvão, ferro, minério de ferro, chumbo, minério de chumbo e frutos do mar, em uma tentativa de sufocar um terço da receita anual de 3 bilhões de dólares com embarques pelo país.
A resolução, elaborada pelos Estados Unidos para reprimir as principais exportações de commodities da nação rival, foi apontada como punição pelos testes de mísseis balísticos intercontinentais (ICBM, na sigla em inglês) realizados em julho por Pyongyang . A proibição deverá entrar em vigor no início de setembro.
Mas um comerciante veterano, com base no porto de Rizhao e que mexe com carvão, e outro de Pequim que lida com minério de ferro, inclusive proveniente da Coreia do Norte, disseram que o governo chinês já havia parado de emitir licenças para trazer minério de ferro do país vizinho há várias semanas.
Eles falaram sob condição de anonimato, pois não estão autorizados a conversar com a mídia.
A primeira fonte disse que as autoridades chinesas começaram a coibir os negócios duas semanas atrás, enquanto o segundo comerciante disse que isso já tem 20 dias.
(Por Muyu Xu e Manolo Serapio Jr; reportagem adicional de Josephine Mason e Redação Pequim)
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