Plano inicial não prevê venda de ações da União na Eletrobras, diz ministro
Por Leonardo Goy e Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - A intenção do governo na privatização da Eletrobras é não vender ações detidas pelas União, mas se a diluição da participação via aumento de capital não for suficiente para a perda de controle, poderá haver venda direta de ações, disse nesta quarta-feira o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho.
"A modelagem da desestatização da Eletrobras deve ser anunciada até início da próxima semana", disse o ministro a jornalistas após reunião do conselho do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) que referendou o processo de desestatização da empresa.
"Só tem dois jeitos de a União perder o controle da Eletrobras: ou vai vender ações dela ou a Eletrobras vai emitir novas ações. O que está lá é que vai ser emitido novas ações, uma emissão primária", disse Coelho Filho.
O governo anunciou no início da semana a intenção de privatizar a Eletrobras, em um processo que deve ser concluído até o fim do primeiro semestre do ano que vem.
O ministro de Minas e Energia afirmou ainda que o governo federal "não vai abrir mão da realização do leilão das usinas da Cemig ainda no segundo semestre deste ano".
A intenção do governo federal é leiloar quatro usinas hidrelétricas operadas pela Cemig: Jaguara, listada no PPI, além de Miranda, São Simão e Volta Grande, que somam 2,9 mil megawatts (MW) de potência.
O leilão, marcado para setembro, foi adiado pela Justiça Federal. A questão se tornou uma disputa entre a Cemig, que não quer abrir mão das usinas, cujas concessões venceram, e a União, que precisa dos 11 bilhões de reais previstos como arrecadação no leilão.
A Cemig alega que os contratos permitiam a renovação dos contratos.
Apesar de ressaltar a disposição do governo em leiloar as usinas, Coelho Filho disse que o governo está aberto a negociar com a estatal mineira.
(Reportagem de Leonardo Goy)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.