Brasil deverá ter bandeira tarifária vermelha na conta de luz em outubro, diz Aneel
RIO DE JANEIRO, 22 Set (Reuters) - Por conta de fracas chuvas nas regiões das hidrelétricas, o Brasil deverá ter bandeira tarifária vermelha em outubro, o que resulta na maior cobrança adicional na conta de energia, disse nesta sexta-feira (22) o diretor-geral da Agencia Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino.
Atualmente, a bandeira tarifária das contas de luz é amarela, o que significa um custo adicional de R$ 2 a cada 100 kilowatts-hora em eletricidade consumidos. A bandeira vermelha eleva o adicional para R$ 3 em seu primeiro patamar e para R$ 3,50 no segundo patamar.
Segundo ele, há uma escassez de chuvas no país e o período chuvoso deve ser atrasado, afetando o nível dos reservatórios das hidrelétricas e, consequentemente, levando ao uso de mais térmicas que operam a preços mais altos.
"A tendência lógica é que estamos com regime hidrólogo muito desfavorável e as chuvas atrasaram... O CMO (Custo Marginal de Operação) está mais caro", disse ele a jornalistas no Fórum Nacional, promovido pelo Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae).
O CMO para a próxima semana saltará para em média R$ 725,70, contra R$ 672,73 na semana anterior, disse o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) nesta sexta-feira.
"Se caminha na direção da bandeira vermelha e mais provável para patamar 2 para valer em outubro", adicionou.
Essa tendência de energia mais cara nas contas de outubro ainda deve ser confirmada na semana que vem, ponderou Rufino.
O ONS reduziu as projeções de chuvas nos reservatórios das hidrelétricas para setembro para todas regiões, exceto o Norte, nesta sexta-feira.
A expectativa é que as usinas hídricas do Sudeste, onde está a maior parte das hidrelétricas, recebam apenas 66% da média histórica em chuvas.
Horário de verão
O diretor da Aneel confirmou que a autarquia deu parecer ao Cômite de Monitoramento do Setor Elétrico sobre o fim da adoção do tradicional horário de verão.
Segundo ele, do ponto de vista elétrico, não se justifica mais a adoção do modelo, uma vez que estudos apontam que a medida não traz mais os mesmos benefícios para o consumo de eletricidade.
"Como tem impacto para além do setor elétrico, não tem mais o benefício que tinha, e o assunto está com a Casa Civil", disse ele.
A Casa Civil afirmou em nota nesta sexta-feira que "o governo está avaliando a conveniência ou não do tema horário de verão".
(*Com reportagem adicional de Luciano Costa; edição de Roberto Samora)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.