Fusão entre Thyssenkrupp e Tata Steel pode aumentar seu poder de preço
FRANKFURT (Reuters) - Os planos da Thyssenkrupp Steel e da Tata Steel para união na Europa podem não apenas reduzir custos, mas também elevar os preços, dizem clientes e acionistas.
A planejada joint venture, anunciada na última quarta-feira, criará a segunda maior fabricante de aço da Europa, com fatia de mercado em torno de 13 por cento, segundo dados das empresas e da Associação Mundial de Aço. A líder global ArcelorMittal, detém 26 por cento de participação no mercado.
"Um oligopólio tem um poder diferente de estabelecer preços do que um mercado mais fragmentado", disse Thomas Vorlaufer, gerente de fundos da Deka Investment, 10º maior acionista da Thyssenkrupp. "Como resultado, pode haver impacto nos preços".
Os preços mais altos atingirão principalmente a indústria automotiva, o que representará cerca de 40 por cento das vendas da Thyssenkrupp Tata Steel, entidade combinada.
A montadora de luxo alemã BMW, cliente da Thyssenkrupp Steel Europe, Tata Steel Europe e ArcelorMittal, teme que a fusão possa mudar as coisas para pior.
Embora as unidades europeias da Thyssenkrupp e da Tata Steel dizem que seus grupos de clientes são amplamente complementares, elas têm uma sobreposição significativa na indústria automotiva, seu maior mercado, mostram dados das empresas.
A Thyssenkrupp Steel Europe faz 46 por cento de suas vendas, ou 3,51 bilhões de euros, com clientes da industria automotiva. Na Tata Steel Europe, essa participação é de 32 por cento, ou 166,67 bilhões de rúpias indianas (2,57 bilhões de dólares).
Há menos sobreposição em outras áreas, principalmente em bens manufaturados, que representam 32 por cento das receitas da Tata Steel Europe e incluem negócios com clientes no setor de engenharia, que representa apenas 4 por cento das vendas na Thyssenkrupp Steel Europe.
As empresas dizem que a sobreposição não será um problema, já que a joint venture proposta terá três grandes locais de produção na Europa, permitindo que cubram diferentes regiões, o que, por sua vez, reduz os custos de transporte.
(Por Christoph Steitz, Georgina Prodhan, Maytaal Angel, Andreas Cremer, Tom Kaeckenhoff e Laurence Frost)
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