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Bovespa opera em queda com receios por política, em dia de leilões de petróleo e hidrelétricas

27/09/2017 12h31

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista engatava o quinto pregão de queda nesta quarta-feira, com o movimento de ajuste ganhando respaldo nas preocupações com a cena política, enquanto investidores monitoravam os leilões de áreas de petróleo e gás e de hidrelétricas.

Às 12:23, o Ibovespa caía 0,97 por cento, a 73.597 pontos. O giro financeiro era de 3,6 bilhões de reais.

No caso do leilão para concessão de quatro hidrelétricas antes operadas pela Cemig, o governo federal obteve mais de 12 bilhões de reais, frente a um mínimo de 11 bilhões de reais estimado se as usinas fossem arrematadas sem ágio. A licitação de áreas de petróleo e gás ainda não havia sido concluída.

O movimento de ajuste no Ibovespa, que na semana passada fechou pela primeira vez na história nos 76 mil pontos, ocorre em um momento de cautela em relação ao avanço de reformas no Congresso Nacional, principalmente a da Previdência, em meio ao andamento da denúncia contra o presidente Michel Temer.

No exterior, o mercado aguarda o anúncio do presidente norte-americano, Donald Trump, nesta tarde, sobre a reforma tributária.

DESTAQUES

- CEMIG PN caía 1,49 por cento, em mais uma sessão volátil para os papéis da empresa, com investirdes digerindo o resultado do leilão das hidrelétricas que pertenceram à elétrica mineira, mas cujos contratos venceram e não foram renovados. A elétrica mineira chegou a se habilitar para a disputa por meio da Aliança, uma joint venture com a mineradora Vale, mas não apresentou nenhuma proposta no certame.

- COPEL PNB caía 2,87 por cento, anulando os ganhos vistos mais cedo quando subiu 1,47 por cento, após a empresa cortar seu programa de investimentos de 2017 em 19 por cento, para 2,33 bilhões de reais, ante 2,87 bilhões considerados anteriormente. Segundo analistas da Guide Investimentos, a Copel fez grandes investimentos nos últimos meses, o que pressionou seu fluxo de caixa. Desta forma, a redução anunciada pode dar um fôlego de curto prazo para a empresa.

- PETROBRAS PN recuava 2,06 por cento e PETROBRAS ON cedia 1,67 por cento, em sessão de fraqueza para os preços do petróleo no mercado internacional e de leilão de áreas de petróleo no Brasil.

- VALE ON caía 1 por cento, cedendo ao ambiente negativo que afetou o mercado e revertendo as altas iniciais, quando chegou a subir 2,38 por cento, diante dos ganhos dos contratos futuros do minério de ferro na China.

- ELETROBRAS PNB caía 4,31 por cento e ELETROBRAS ON perdia 2,73 por cento, em movimento de ajuste após fortes ganhos desde o anúncio dos planos de privatização da empresa e com investidores avaliando o resultado do leilão de hidrelétricas desta sessão.

- EMBRAER ON avançava 1,89 por cento, entre as maiores altas do Ibovespa, favorecida pela decisão dos Estados Unidos de impor tarifas compensatórias preliminares antisubsídios de 220 por cento nos jatos CSeries produzidos pela Bombardier. A medida, segundo analistas do BTG Pactual, deve reforçar a liderança da Embraer no mercado de aviação regional dos EUA.

(Por Flavia Bohone)