Ibovespa cai com receios por política e antes de dados econômicos; Braskem dispara 12%
Por Flavia Bohone
SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice acionário da B3 caiu nesta segunda-feira, fechando abaixo dos 75 mil pontos, com investidores preferindo a cautela ante incertezas em relação ao avanço das reformas do governo e antes de dados econômicos ao longo da semana.
As ações da Braskem foram na contramão e dispararam quase 12 por cento após notícia de que a holandesa Lyondellbasell teria feito uma aproximação para aquisição da petroquímica brasileira.
O Ibovespa fechou em queda de 1,55 por cento, a 74.800 pontos, na segunda menor pontuação de fechamento do mês, à frente somente de 2 de outubro (74.359 pontos). O volume financeiro do pregão somou 10,32 bilhões de reais.
Localmente, as atenções seguem voltadas para política, à espera de novidades sobre a articulação do governo para avançar sua agenda econômica e passar a reforma da Previdência ainda que mais enxuta do que o esperado inicialmente.
"Se a reforma não acontecer ou se ficar muito aquém do esperado, nós caminhamos para novos rebaixamentos (por parte das agências de classificação de risco)", disse o diretor de operações da corretora Mirae, Pablo Spyer.
A pressão sobre os negócios veio também da espera por uma agenda econômica mais intensa nos próximos dias, que inclui a reunião do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, além dos números sobre o mercado de trabalho norte-americano.
DESTAQUES
- BRASKEM PNA disparou 11,96 por cento, após o jornal Wall Street Journal publicar que o grupo holandês Lyondellbasell fez uma aproximação para comprar a petroquímica brasileira e que uma oferta poderia avaliar a Braskem em bem mais que 10 bilhões de dólares. Com a alta do pregão, o valor de mercado da petroquímica subiu em cerca de 4,5 bilhões de reais ante o fechamento de sexta-feira.
- VALE ON caiu 0,61 por cento, em sessão de perdas dos contratos futuros do minério de ferro na China, que caíram 3,3 por cento na Bolsa de Dalian.
- CSN teve queda de 5,63 por cento e USIMINAS PNA perdeu 4,49 por cento, ambas engatando o quarto pregão seguido no vermelho após perdas dos contratos futuros do minério de ferro e do aço na China. Também pesou a divulgação de números não auditados referentes aos três primeiros trimestres do ano. Para analistas do BTG Pactual, o Ebitda do período ficou abaixo da estimativa do banco, com pressão de custos. GERDAU PN cedeu 2,85 por cento.
- HYPERMARCAS ON recuou 0,65 por cento, após reportar dados do terceiro trimestre com lucro líquido de operações continuadas de 219,4 milhões de reais e receita líquida de 954,6 milhões de reais, alta de 17,7 ante igual período do ano passado. Analistas do UBS destacaram o forte crescimento da receita, mas veem cautela com a pressão de margem.
- BANCO DO BRASIL ON caiu 3,53 por cento. BRADESCO PN caiu 1,79 por cento, ITAÚ UNIBANCO PN teve baixa de 1,28 por cento e SANTANDER UNIT perdeu 1,83 por cento.
- PETROBRAS PN recuou 1,47 por cento e PETROBRAS ON perdeu 0,29 por cento, cedendo ao viés negativo do mercado e indo na contramão dos preços do petróleo no mercado internacional, que fecharam com ganhos.
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