Não há dúvida que aprovar reforma da Previdência neste ano é difícil, diz Meirelles
SÃO PAULO (Reuters) - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reconheceu nesta terça-feira a dificuldade em tirar a reforma da Previdência do papel e afirmou que o presidente Michel Temer reconheceu isso a líderes da base aliada, mas enfatizou que essa pauta não é uma questão de escolha, mas sim fiscal.
"(A declaração de Temer) reconheceu uma realidade", afirmou Meirelles a jornalistas. "Não há dúvida de que existe dificuldade em aprovar a reforma da Previdência este ano, mas a ideia é de que vá para votação (em 2017)", acrescentou ele.
Na noite passada, Temer admitiu a possibilidade de derrota na apreciação do texto em reunião com líderes da base aliada na Câmara dos Deputados. Também deixou a porta aberta para um abrandamento adicional na proposta em direção a "um avanço que permita a quem vier depois fazer uma nova revisão".
Interpretando as declarações como sinal de frouxidão no compromisso com o ajuste fiscal, o mercado reagiu mal nesta sessão, com avanço dos juros futuros, do dólar frente ao real e com a queda da bolsa.
Após participar de evento em São Paulo, Meirelles afirmou que se por alguma razão a reforma da Previdência não for votada neste ano, "certamente" isso será feito em 2018.
Destacou ainda que caso a questão não seja enfrentada, a alteração nas regras para concessão de aposentadorias será "o primeiro e maior desafio do próximo governo".
Falando sobre a privatização da Eletrobras, o ministro da Fazenda avaliou que a abertura de capital da companhia irá viabilizar investimentos e um fundo de amortecimento de preços de tarifas.
Meirelles também afirmou que o governo enviará o projeto de mudanças para recuperação judicial e falência até a próxima semana ao Congresso Nacional e que o texto buscará maior eficiência nesses processos.
(Reportagem de Thaís Freitas)
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