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CEO da Petrobras diz que Maia se comprometeu com votação da MP do Repetro

27/11/2017 19h53

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou nesta segunda-feira que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), comprometeu-se a fazer todo o esforço para aprovar o mais rapidamente possível a medida provisória que estendeu até 2040 um regime aduaneiro diferenciado para o setor de petróleo e gás natural, chamado Repetro.

Essa MP foi vista como um dos fatores do sucesso dos leilões de áreas de petróleo do Brasil deste ano, que atraíram bilhões de reais de companhias como a Exxon Mobil e a Shell, além da própria Petrobras.

Segundo Parente, Maia disse que a medida vai à votação na Câmara na próxima quarta-feira.

A proposta perde a validade no dia 15 de dezembro, se não passar pelos plenários da Câmara e do Senado.

"É fundamental a aprovação dentro do prazo por conta de um compromisso das autoridades brasileiras com o novo regime tributário que fez parte das questões consideradas pelas empresas que fizeram os investimentos, e certamente é muito importante que isso seja confirmado para que se confirme os investimentos", disse o presidente da Petrobras a jornalistas.

Anteriormente previsto para acabar em 2019, o Repetro permite uma suspensão do pagamento de tributos federais na importação e exportação de bens destinados às atividades de pesquisa e de lavra das jazidas de petróleo e de gás natural.

Parente participou de uma reunião no Palácio do Planalto com o presidente Michel Temer, o presidente da Câmara, e os ministros do Planejamento, Dyogo Oliveira, da Casa Civil, Eliseu Padilha, de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, e Mansueto Almeida, secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda.

O presidente da Petrobras disse que ainda não conversou com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), a respeito da votação da MP, mas já conversou com o líder do governo naquela Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), sobre a medida.

Segundo ele, Jucá entende que é "muito importante" apreciar a proposta.

(Por Ricardo Brito)