CVM volta a rejeitar pedido da CSN por OPA da Usiminas
SÃO PAULO (Reuters) - A Comissão de Valores Mobiliários voltou a rejeitar um pedido da Companhia Siderúrgica Nacional para que a operação em que o grupo Techint ingressou no grupo de controle da Usiminas dispare obrigação para uma oferta pública de aquisição de ações dos minoritários da siderúrgica mineira.
Em comunicado ao mercado nesta terça-feira, a Usiminas citou decisão da Superintendência de Registro de Valores Mobiliários (SRE) da CVM que, ao julgar o recurso da CSN, "concluiu pela manutenção do seu entendimento inicial de que a entrada do Grupo T/T (Ternium/Techint) no bloco de controle da companhia (Usiminas) não ensejaria a necessidade de realização da OPA por alienação de controle".
A Techint passou a ingressar o grupo de controle da Usiminas no início de 2012, após empresas do conglomerado industrial que incluem a siderúrgica latino-americana Ternium assumiram participações antes detidas pelo grupo Camargo Corrêa.
Com o negócio, o grupo Techint, que pagou ágio de cerca de 80 por cento pela fatia da Camargo Corrêa, passou a dividir o controle da Usiminas com a japonesa Nippon Steel.
A CSN é a maior acionista minoritária da Usiminas e recebeu ordem do Conselho Administrativo de Defesa Econômica para vender sua participação na rival.
Na decisão do recurso da CSN, o relator do caso, Gustavo Borba, entendeu que o subsequente conflito entre Nippon Steel e Techint pelo controle sobre a gestão da Usiminas "demonstrariam a ausência de sintonia entre as partes, afastando a tese da recorrente (CSN) de que a assunção do poder de controle pelo grupo T/T teria contado com o aval informal do grupo Nippon".
Segundo o comunicado da Usiminas, o colegiado da CVM, por unanimidade, acompanhou o entendimento de Borba.
Representantes da CSN não puderam ser contatados de imediato para comentar o assunto.
(Por Alberto Alerigi Jr.)
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