Gasolina e aluguéis devem ter impulsionado inflação dos EUA em janeiro; taxa anual deve desacelerar
Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - Os preços ao consumidor nos Estados Unidos provavelmente subiram com força em janeiro devido à alta da gasolina e dos aluguéis, mas a inflação anual deve ter desacelerado uma vez que o forte avanço do ano passado sai do cálculo.
Apesar da esperada moderação na inflação anual, o relatório desta quarta-feira do Departamento do Trabalho não deverá mudar as expectativas de aumento nas pressões de preços este ano.
O aumento no crescimento anual dos salários em janeiro ampliou as preocupações com a inflação, provocando uma onda de vendas em Wall Street e impulsionando os rendimentos dos Treasuries dos Estados Unidos para máximas de quatro anos.
Existem temores de que a inflação, provocada pelo aperto no mercado de trabalho e aumento dos gastos do governo, possa forçar o Federal Reserve a ser um pouco mais agressivo ao elevar os juros este ano do que o esperado atualmente.
O banco central norte-americano prevê três altas da taxa de juros este ano, com a primeira esperada para março.
"Os ingredientes estão aí para uma inflação mais forte este ano, mas a aceleração será bastante gradual", disse o economista sênior da Moody's Analytics Ryan Sweet. "Uma aceleração significativa na inflação é algo para se preocupar em 2019."
O índice de preços ao consumidor provavelmente subiu 0,3 por cento em janeiro após avançar 0,2 por cento em dezembro, de acordo com pesquisa da Reuters junto a economias. Na base anual, a expectativa é de alta de 1,9 por cento ante 2,1 por cento em dezembro, devido a efeitos base menos favoráveis.
Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, a expectativa é de que o núcleo do índice tenha avançado 0,2 por cento após taxa similar em dezembro. A alta anual é projetada em 1,7 por cento de 1,8 por cento em dezembro. O núcleo da inflação é considerado uma medida melhor da tendência de alta dos preços.
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