Vale prevê redução de custos com 32 novos navios até o fim de 2019, diz diretor
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A mineradora Vale passará a utilizar entre 2018 e o próximo ano 32 novos navios da nova geração de Valemax, cargueiros gigantes da empresa, só que mais eficientes, o que deverá contribuir com a redução dos custos de frete da companhia, afirmou nesta quarta-feira o diretor-executivo de finanças e relações com investidores, Luciano Siani.
A afirmação foi feita durante teleconferência com analistas de mercado para comentar os resultados da empresa no quarto trimestre e no ano completo de 2017. Os navios não pertencem à Vale, são contratados com outras empresas.
O lucro líquido da Vale em 2017 somou 17,6 bilhões de reais, ante 13,3 bilhões de reais no ano anterior, diante de recordes alcançados na produção de minério de ferro, pelotas, carvão e ouro, além de avanços de preços, apesar de alguns fatores negativos.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda ajustado) também aumentou no período, apesar do aumento do frete.
"O frete subiu 270 milhões de dólares (em 2017), efeito de oferta e demanda no mercado transoceânico, mas aqui também a companhia não está parada. Nós já recebemos o primeiro navio da nova geração de Valemax. Vamos receber cerca de 30 novos navios em 2018 e 2019, navios esses mais eficientes que a primeira geração que vão contribuir para gerenciar os fretes", disse Siani.
O primeiro navio mineraleiro Valemax, chamado oficialmente de VLOC (Very Large Ore Carrier), de segunda geração, com capacidade de 400 mil toneladas, fez seu primeiro carregamento no Porto de Tubarão, em Vitória, no Espírito Santo, segundo a empresa.
Os novos VLOCs, segundo a Vale, são mais eficientes e sustentáveis, mantendo o transporte marítimo de cargas da empresa como um dos mais eficientes do mundo em emissões de gases de efeito estufa.
Além dos 32 navios, a Vale negocia contratos que resultarão na construção de novos navios de 325 mil toneladas, os chamados Guaíbamax.
O executivo destacou ainda que o resultado de 2017 também teve um impacto negativo do "bunker oil", combustível para navios, com aumento dos valores empenhados em dólares em cerca de 400 milhões ante 2016.
"A companhia não apenas vem exercitando o 'hedge' de bunker para exercício em curso, mas está buscando ativamente, oportunamente vocês saberão, iniciativas mais estruturais para reduzir nossa exposição ao bunker no longo prazo", afirmou Siani, sem dar detalhes, ao apresentar os resultados aos analistas.
(Por Marta Nogueira)
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