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Controle chinês da oferta de cobalto é um risco à indústria de carros, diz Glencore

20/03/2018 15h49

LAUSANNE, Suíça (Reuters) - A indústria automotiva está notando tarde demais o fato de que a China irá deter a maior parte da oferta global de cobalto, um metal chave para as baterias de veículos elétricos, disse o chefe-executivo da Glencore, Ivan Glasenberg, nesta terça-feira.

"Se o cobalto cair nas mãos dos chineses, você não verá veículos elétricos sendo produzidos na Europa, etc. Eles estão percebendo muito tarde... Eu acho que é porque a indústria de carros nunca viu um problema de corrente de oferta antes", disse Glasenberg à FT Commodities Global Summit em Lausanne, na Suíça.

Glasenberg disse que mesmo assim está preparado para vender minas de cobalto na República Democrática do Congo para a China, se o preço for bom. Ele acrescentou que a companhia não mudará seus planos de produção no país.

Mais de 60 por cento da produção global de cobalto vem da República Democrática do Congo. Glencore, maior produtor do mundo, concordou na semana passada em vender um terço de sua produção para a GEM, da China.

A GEM e suas subsidiárias comprarão 13.800 toneladas de cobalto da Glencore neste ano, 18.000 toneladas no ano que vem e 21.000 toneladas em 2020.

A mineradora sediada na Suíça deve produzir por volta de 39.000 toneladas neste ano, ou pro volta de 35 por cento do total global, estimados a 110.000 toneladas por analistas.

(Por Julia Payne e Dmitry Zhdannikov; Reportagem adicional de Pratima Desai)