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Após filiação, Barbosa tem primeiro encontro com lideranças do PSB na quinta-feira

18/04/2018 19h37

Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - Recém-filiado ao PSB, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, deve reunir-se com lideranças históricas e dirigentes partidários na quinta-feira para iniciar sua interação com os correligionários, informou uma fonte da legenda.

Ao filiar-se no limite do prazo estabelecido pela lei eleitoral para estar vinculado a alguma sigla, Barbosa venceu a primeira etapa de seu caminho para concorrer à Presidência da República pelo partido, avalia a fonte.

Em seguida, com a divulgação de pesquisa Datafolha no fim de semana, que o apontou com 8 por cento, quando Lula é candidato, e chegando a 10 por cento sem o petista como candidato, venceu naturalmente uma segunda etapa, que era a de reverter a resistência considerável de parcela do partido.

Agora dá início à terceira fase, em que irá construir uma relação com lideranças históricas da sigla, uma “simbiose”, para concretizar sua candidatura.

“O terreno é fértil para isso”, disse a fonte. “Ele só não é candidato se não quiser.”

A fonte, que acompanha de perto as movimentações, admite que a oposição restante à candidatura de Barbosa, ainda que pequena, deve-se a temores de que a entrada do partido na corrida presidencial possa prejudicar arranjos locais ou consumir uma parcela muito grande dos recursos partidários destinados à campanha.

Esse primeiro encontro de Barbosa com os socialistas deve ocorrer na sede do PSB em Brasília, provavelmente na tarde da quinta-feira.

Barbosa filiou-se ao partido no último dia para estar formalmente vinculado a uma legenda, pelas regras eleitorais. Na ocasião, divulgou nota em que reconhecia a simpatia da maioria das lideranças do partido a uma eventual candidatura, mas deixava claro que ainda haveria tempo para “reflexão na tomada de uma decisão final”.

A candidatura do magistrado é encarada por boa parte dos dirigentes partidários como promissora, com grande potencial de angariar parte dos votos que iriam para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve ser impedido de concorrer em outubro.