IPCA
0,83 Mar.2024
Topo

PESQUISA-Pacto da Opep e demanda firme devem sustentar alta do petróleo em 2018

30/04/2018 10h01

Por Sethuraman N R

(Reuters) - O forte cumprimento pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de seu acordo para cortes de oferta, a demanda robusta e interrupções do fornecimento no Oriente Médio devem elevar o preço médio do petróleo neste ano para mais de 67 dólares o barril, mostrou uma pesquisa da Reuters nesta segunda-feira.

A pesquisa com 38 economistas e analistas prevê que o Brent alcance uma média de 67,40 dólares em 2018, mais de 5 por cento superior aos 63,97 dólares projetados na pesquisa do mês anterior. É também a maior previsão média para o preço do Brent em 2018 desde pelo menos dezembro de 2015.

Analistas de petróleo consultados pela Reuters aumentaram suas previsões de preços em todos os meses desde agosto do ano passado.

"Com a situação do mercado mais apertada, a posição da Opep sobre os cortes de produção é um fator importante para os preços seguirem subindo. Além disso, a demanda por petróleo deve continuar saudável em 2018 e 2019, com o crescimento do PIB acima do esperado", disse Rahul Prithiani, diretor na empresa de pesquisas Crisil.

"Uma forte adesão (aos cortes na produção) é esperada em geral durante o ano... O crescimento do PIB mundial deve subir para 3,9 por cento neste ano e em 2019. Como resultado, o crescimento da demanda por petróleo também deverá permanecer robusto nos próximos dois anos."

Liderada pela Arábia Saudita, a Opep e produtores aliados reduziram a produção desde 2017 para enfrentar um excesso de oferta global que deprimiu os preços do petróleo entre 2014 e 2016.

Como resultado de um mercado cada vez mais restritivo, o Brent e o WTI dos EUA atingiram o maior nível desde novembro de 2014 em abril, a 75,47 dólares e 69,56 dólares por barril, respectivamente.

Os preços do Brent subiram quase 11 por cento até agora neste ano, enquanto os preços do WTI subiram 12,6 por cento.

Analistas projetaram o WTI em uma média de 63,23 dólares o barril neste ano, contra 59,85 dólares na pesquisa de março.