Desaceleração da economia da zona do euro é mais forte do que o esperado em maio, mostra PMI
Por Jonathan Cable
LONDRES (Reuters) - O crescimento econômico da zona do euro desacelerou com muito mais força do que o esperado neste mês, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), o que junto com a inflação fraca sugere um desafio mais duro para o Banco Central Europeu.
O BCE vai encerrar seu programa de compra de ativos neste ano e elevar a taxa de juros em 2019 de acordo com pesquisa da Reuters do mês passado, embora as autoridades possam estar preocupadas em ver as pressões inflacionárias diminuírem junto com o enfraquecimento da atividade.
O PMI Composto preliminar do IHS Markit para a zona do euro caiu em maio para a mínima de 18 meses de 54,1 de 55,1 no mês anterior, bem abaixo de todas as expectativas em pesquisa da Reuters cuja mediana era de 55,0.
"É um cenário mais sombrio do que estávamos vendo na virada do ano", disse Chris Williamson, economista-chefe do IHS Markit. "Mas não vamos perder o controle com o fato de que estamos desacelerando --ainda temos números razoavelmente robustos do PMI."
Ele disse que o PMI, junto com a leitura de abril, indica crescimento no segundo trimestre de 0,4 por cento, ante previsão de 0,6 por cento em pesquisa da Reuters.
O PMI preliminar do setor de serviços caiu a 53,9 de 54,7, contra expectativa de 54,6. Essa é a leitura mais baixa desde o início de 2017 e abaixo de todas as projeções.
O desempenho da indústria também foi decepcionante, com o PMI preliminar do setor recuando para a mínima de 15 meses de 55,5 contra 56,2 em abril e expectativa de 56,0.
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