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Pedro Parente é convidado para presidência da BRF, precisa de aval de comissão de ética, diz fonte

Pedro Parente já é presidente do conselho da BRF - Alan Marques/Folhapress
Pedro Parente já é presidente do conselho da BRF Imagem: Alan Marques/Folhapress

13/06/2018 18h27Atualizada em 13/06/2018 19h51

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O ex-presidente da Petrobras, Pedro Parente, foi convidado para assumir o comando da empresa de proteína animal, BRF, do qual já é presidente do Conselho de Administração, disse à agência de notícias Reuters uma fonte próxima as negociações nesta quarta-feira (13).

Para assumir a BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, Parente precisa de aval da Comissão de Ética da Presidência da República. Ele cumpre atualmente uma quarentena de seis meses depois de ter enviado carta de renúncia a Michel Temer em 1º de junho, em desdobramento gerado pela greve dos caminhoneiros.

Se a comissão de ética entender que não há conflito de interesses ou sobreposicão de funções ao deixar a Petrobras para assumir a empresa de proteína animal, Parente poderá assumir o comando da BRF nos próximos dias, afirmou a fonte.

Segundo a fonte, o pedido de esclarecimento à Comissão de Ética será feito nas próximas horas e "aparentemente não há" impedimento para Parente assumir a presidência-executiva da BRF, apesar da quarentena.

Ações fecham em baixa

As ações da BRF fecharam em baixa de 3,3%, a R$ 20,20, nesta quarta-feira, tendo reduzido fortemente a queda no leilão de fechamento, em meio a rumores de que o nome de Parente deverá ser aprovado para a presidência-executiva da empresa em reunião do Conselho de Administração na quinta-feira.

Procurada, a BRF afirmou que "não comenta rumores de mercado".

A BRF acumula desvalorização de cerca de 45% neste ano, afetada por eventos como a operação Carne Fraca, suspensão de exportações de frango para a União Europeia e imposição de sobretaxas pela China sobre importações brasileiras.

Os papéis vêm de quedas de 24%, 10,5% e 11,25% em 2017, 2016 e 2015, respectivamente, em meio a resultados fracos e problemas de gestão.

(Por Rodrigo Viga Gaier, texto de Alberto Alerigi Jr.; Edição de Gabriela Mello e Maria Pia Palermo)