Índice de expansão de comércio em São Paulo cai em junho, após greve de caminhoneiros
SÃO PAULO (Reuters) - A intenção de crescimento de empresas de comércio da região metropolitana de São Paulo encolheu 2,7 por cento em junho na comparação com maio, refletindo o impacto da greve dos caminhoneiros, mostraram dados divulgados nesta quinta-feira pela Fecomercio-SP.
O Índice de Expansão do Comércio (IEC) caiu para 99,9 pontos em junho, ante 102,6 pontos em maio. Na comparação com junho do ano passado, houve alta de 9,7 por cento.
"A greve é o principal motivo para o recuo de junho", disse o assessor econômico da Fecomercio, Guilherme Dietze, destacando que a diminuição das estimativas de crescimento da economia do país também pesaram para derrubar o índice este mês.
Segundo Dietze, o recuo indica uma readequação das expectativas, que eram mais otimistas no início do ano, mas não sinaliza o início de um processo de retração.
"Não vejo como um cenário negativo para causar preocupação", disse o economista, acrescentando que o índice deve continuar oscilando ao redor dos 100 pontos nos próximos meses, número que separa o otimismo do pessimismo, e longe o pior momento da série histórica, que foi de 65,3 pontos em abril de 2016.
Em junho, o nível de investimento das empresas, subíndice que mostra a propensão a investir, caiu 3,1 por cento sobre maio, para 82,2 pontos. Na comparação com junho do ano passado, no entanto, o subíndice subiu 13,9 por cento.
Já a propensão a empregar recuou 2,4 por cento na comparação mensal, para 117,5 pontos. Na base anual, houve alta 6,9 por cento.
(Por Flavia Bohone)
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