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Bovespa tem leve queda após quatro dias de alta, de olho no exterior e noticiário corporativo

18/07/2018 11h28

SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa brasileira tinha leve queda na manhã dessa quarta-feira, não mostrado força para permanecer no território positivo após quatro altas seguidas, em meio a um quadro misto no exterior, enquanto o noticiário corporativo destacava positivamente Eletrobras após suspensão de liminar que impedia leilão de distribuidoras e WEG, que divulgou alta no lucro.

Às 11:24, o Ibovespa caía 0,46 por cento, a 77.769,81 pontos. O volume financeiro somava 2,68 bilhões de reais.

Na véspera, o principal índice de ações da B3 fechou em alta de 1,93 por cento, a 78.130,30 pontos, engatando o quarto pregão no azul, com ganho acumulado no período de 5 por cento.

Em Wall Street, os principais índices acionários oscilavam sem tendência única e perto da estabilidade, com a queda dos preços do petróleo contrapondo a repercussão positiva para a temporada de resultados norte-americana, que trouxe resultados fortes do Morgan Stanley e da United Airlines nesta sessão.

A sessão também é marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre o Ibovespa.

Análise técnica da equipe do Itaú BBA afirma que, após nova alta na véspera, o Ibovespa continua em tendência de alta no curto prazo, "a caminho das resistências em 78.900 e 83.900 pontos", conforme relatório a clientes.

DESTAQUES

- ELETROBRAS ON e ELETROBRAS PNB disparavam 5 e 4,8 por cento, após o presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, desembargador André Fontes, suspender a liminar que impedia leilão de venda de seis distribuidoras da companhia.

- WEG subia 4 por cento, após a fabricante de motores elétricos e tintas industriais ter anunciado lucro líquido de 336,6 milhões de reais no segundo trimestre, alta de 23,7 por cento em relação ao mesmo período de 2017.

- EMBRAER valorizava-se 0,56 por cento, tendo no radar anúncio de uma série de acordos para pedidos firmes e opções de compras de aeronaves, mas também expectativas sobre o desfecho do acordo envolvendo a parceria com a norte-americana Boeing. O jornal O Estado de S. Paulo publicou nesta quarta-feira que o governo federal deverá aprovar a venda da principal divisão da Embraer para a Boeing após o segundo turno da eleição presidencial.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON caíam 0,33 e 1,52 por cento, respectivamente, em sessão de queda nos preços do petróleo no mercado externo. Também no radar estava a informação de que a petrolífera de controle estatal abriu um caminho formal para vender futuramente o controle acionário da Transpetro, a partir de uma recente mudança no estatuto social da subsidiária, segundo reportagem publicada no jornal Valor Econômico nesta quarta-feira.

- VALE valorizava-se 0,75 por cento, tendo de pano de fundo alta do preço do minério de ferro à vista na China. A mineradora informou no final da terça-feira que fará provisão adicional de 1,5 bilhão de reais no balanço do segundo trimestre referente a obrigações pelo rompimento de uma barragem da mineradora Samarco em novembro de 2015 em Mariana (MG).

- BRADESCO PN e ITAÚ UNIBANCO PN caíam 1 e 0,56 por cento, enfraquecendo o Ibovespa em razão da forte participação que detêm no índice, após ganhos fortes na véspera.

- ESTÁCIO e KROTON perdiam 4,24 e 1,56 por cento, com o setor de educação em destaque na ponta negativa do Ibovespa nesta sessão.

- SUZANO caía 5,17 por cento, apesar da leve alta do dólar ante o real, liderando as perdas do Ibovespa. Operadores citaram rumores no mercado de que a Fibria estaria exigindo um preço melhor na operação de fusão com a Suzano. A Fibria não comentou de imediato as informações. As ações da fabricante de papel e celulose acumulam em 2018 alta de mais de 120 por cento.

- RENOVA ENERGIA, que não está no Ibovespa, disparava 12,2 por cento. A companhia afirmou que recebeu propostas pelo projeto eólico Alto Sertão III, na Bahia, após o fracasso das negociações do ativo com a Brookfield Energia Renovável. Entre os interessados, segundo informou a Reuters na terça-feira, citando fontes, está a Aliança Geração de Energia, uma joint venture entre a mineradora Vale e a elétrica mineira Cemig.

(Por Paula Arend Laier)