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Via Varejo reverte prejuízo e tem lucro de R$ 20 milhões no 2º tri

Raquel Stenzel

24/07/2018 07h41

SÃO PAULO (Reuters) - A Via Varejo, dona das Casas Bahia e do Ponto Frio, registrou lucro líquido de R$ 20 milhões no segundo trimestre, revertendo prejuízo de R$ 85 milhões registrado no mesmo período do ano passado, informou o braço de comércio de móveis e eletrodomésticos do GPA na noite de segunda-feira (23).

O resultado, contudo, ficou abaixo da estimativa de consenso da Reuters, de lucro de R$ 40,4 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida) ajustado subiu 25,1%, para R$ 394 milhões, com margem de 6,1%, quase um ponto percentual acima do registrado no segundo trimestre do ano passado.

"Este é o 6º trimestre consecutivo de expansão de margem na comparação com o mesmo período do ano anterior", disse a empresa.

A dona das marcas Casas Bahia e Pontofrio registrou receita líquida de R$ 6,5 bilhões no segundo trimestre, crescimento de 5,1% na comparação anual. A receita nas lojas físicas atingiu R$ 5,2 bilhões, alta de 6,5%, com crescimento "mesmas lojas" de 5,8%.

Greve dos caminhoneiros

Segundo a empresa, a greve dos caminhoneiros no fim de maio acabou impactando o fluxo de clientes nas lojas, que foi parcialmente minimizado pelo serviço de entrega Retira Rápido, que apresentou um penetração expressiva no período".

O Gross Merchandise Volume (GMV), usado para medir o total de vendas realizadas no site da empresa, subiu 9,4%, para R$ 1,6 bilhão, incluindo o valor dos produtos de terceiros (marketplace).

A margem bruta ficou em 28,9% de abril a junho, queda de 2,3 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre de 2017, afetada, segundo a Via Varejo, pelo mix de vendas sazonal para a Copa do Mundo.

"Além do impacto da greve dos caminhoneiros, projetos importantes como o Via Única e os novos aplicativos ainda não contribuíram com todo o seu potencial para os resultados nesse período", disse a empresa. A Via Única é um projeto para criar uma base de dados única de lojas físicas, online e crediário.

A empresa abriu 11 novas lojas no trimestre, sendo 10 no formato Smart-- que possui mais tecnologia e metragens que variam de 500 metros a 1 mil metros quadrados -- e um quiosque, inaugurado em abril. A empresa disse que pretende encerrar o ano com 20 lojas no formato quiosque, que permite experimentar novas regiões e ingressar em áreas mais adensadas.

A empresa fechou o trimestre com caixa líquido, incluindo recebíveis de cartão de crédito não descontados, de R$ 2 bilhões.

"Estrategicamente, seguimos com estoques elevados (financiado por nossos fornecedores) como forma de minimizar os efeitos da desvalorização do real (R$) e potencial redução na estimativa de produção dos nossos fornecedores", disse a empresa.

(Edição de Iuri Dantas e Paula Arend Laier)