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Bovespa perde fôlego com fraqueza em NY; notícias corporativas dividem foco

30/07/2018 11h50

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa perdia o fôlego no final da manhã desta segunda-feira, após uma abertura mais positiva, contaminado pela fraqueza dos pregões em Wall Street, enquanto agentes financeiros repercutem o noticiário corporativo doméstico e monitoram desdobramentos no cenário político-eleitoral.

Às 11:41, o principal índice de ações da B3 caía 0,18 por cento, a 79.723,9 pontos, depois de ter subido 0,68 por cento na máxima até o momento. O volume financeiro somava 2 bilhões de reais.

Na sexta-feira, o índice subiu 0,58 por cento, a 79.866,10 pontos, acumulando na semana passada alta de 1,65 por cento.

A equipe da corretora Ágora destacou, em nota a clientes, que a espera por definições monetárias em importantes economias nos próximos dias faz com que os investidores comecem a semana de forma mais apreensiva, assim como dados de emprego nos Estados Unidos.

A agenda da semana reserva decisões de juros dos bancos centrais do Japão, Estados Unidos, Inglaterra e Brasil.

Em Wall Street, a queda das ações de tecnologia continuava pressionando negativamente, apesar da alta de papéis de energia na esteira do avanço do petróleo. O S&P 500 cedia 0,23 por cento, enquanto o Nasdaq caía 0,87 por cento.

Da cena política doméstica, a equipe da XP Investimento ressaltou em nota a clientes que as convenções partidárias realizadas no fim de semana não trouxeram novidades. O "foco está nos potenciais anúncios para a vaga de vice, sem nenhuma definição até o momento".

Na visão de um gestor de uma administradora de recursos do Rio de Janeiro, que pediu para não ter o nome citado, "dependendo de como a corrida eleitoral caminhar a partir de agosto poderá ter impacto relevante sobre os preços locais".

DESTAQUES

- MARFRIG tinha elevação de 3,04 por cento, tendo no radar notícias de que a norte-americana Tyson Foods entrou em conversações exclusivas com companhia de alimentos brasileira para comprar a sua unidade Keystone Foods, fornecedora norte-americana de frango para o McDonald's. A Marfrig, que adquiriu a Keystone oito anos atrás por 1,26 bilhão de dólares, espera vender a unidade por mais que o dobro disso - até 3 bilhões de dólares. No setor, JBS cedia 4,15 por cento.

- ITAÚ UNIBANCO PN valorizava-se 0,54 por cento, antes da divulgação do seu balanço trimestral, prevista para depois do fechamento do mercado. Analistas da Brasil Plural esperam um resultado decente e consistente, com o lucro crescendo tanto na base trimestral como anual, mas com o banco ainda tendo um progresso pequeno em seu portfólio de crédito. No setor, BRADESCO PN tinham variação negativa de 0,13 e SANTANDER BRASIL subia 0,92 por cento, após terem divulgado os balanços. BANCO DO BRASIL tinha queda de 0,03 por cento. .

- PETROBRAS PN tinha elevação de 0,35 por cento, favorecida pela alta dos preços do petróleo no exterior. A petrolífera de controle estatal informou nesta segunda-feira que deu início à fase vinculante dos processos para a cessão da totalidade dos direitos de exploração, desenvolvimento e produção das concessões terrestres do Polo Sergipe Terra 2, no Estado de Sergipe. PETROBRAS ON, por sua vez, cedia 0,82 por cento.[nE6N1TV029]

- HYPERA subia 0,89 por cento, em meio à repercussão positiva do balanço do segundo trimestre divulgado no final da sexta-feira, com lucro das operações continuadas de 278,8 milhões de reais no período, alta de 22,3 por cento contra um ano antes. Analistas do Morgan Stanley consideraram os resultados bons, com a receita continuando a crescer em um ritmo de dois dígitos, sem impactos relevantes da greve dos caminhoneiros.

- KLABIN UNIT recuava 1,04 por cento, apesar da recuperação positiva de analistas para o resultado do segundo trimestre, com alta de 49 por cento no Ebitda ajustado, para 884 milhões de reais. A equipe do BTG Pactual considerou o resultado sólido, acrescentando que a empresa conseguiu resultados com boa qualidade e forte geração de caixa, em um trimestre marcado por impactos da greve dos caminhoneiros. Na mínima mais cedo, as units caíram 1,44 por cento.

- VALE subia 0,30 por cento, na esteira do avanço dos preços do minério de ferro na China.

- AMBEV cedia 1,01 por cento, entre as maiores pressões negativas, no segundo dia de queda, após valorizar-se mais de 5 por cento na última quinta-feira, na esteira da recepção positiva para o resultado do segundo trimestre. No radar dos investidores também está o resultado trimestral da rival Heineken, mostrando que o ambiente competitivo na indústria de cerveja no Brasil se intensificou.

- TELEFÔNICA BRASIL PN recuava 2,46 por cento, na ponta negativa do Ibovespa, assim como a rival TIM, que declinava 0,24 por cento.

(Por Paula Arend Laier)